quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Educação Ambiental e Política dos 3 R’s

A Educação Ambiental (EA) é um tema cada vez mais tratado nas escolas brasileiras. Em algumas delas, há até uma certa carga horária destinada à conscientização ambiental dos alunos.
Um dos enfoques desse tipo de educação deveria se pautar na Política ou Pedagogia dos 3 R’s (reduzir, reutilizar e reciclar), porém, nem sempre esses três assuntos são tratados de maneira igualitária.
Philippe Layargues, doutor em Ciências Sociais da Unicamp, tem um texto interessantíssimo que trata do assunto, chamado O Cinismo da Reciclagem: o significado ideológico da reciclagem da lata de alumínio e suas implicações para a educação ambiental* – leia o artigo em .pdf aqui.
O texto nos apresenta dois discursos ambientais, o oficial e o alternativo. Este último, mais usado pelos ambientalistas, defende um trabalho persistente no R de reduzir da Pedagodia dos 3 R’s, além de trabalhar os outros dois. Este R trata, no caso, da redução do consumo, o que atacaria diretamente o nosso mercado capitalista e consumista.
É aí que entra então o discurso oficial. Este valoriza apenas o R da reciclagem, o qual não apresentaria impacto nenhum na economia e nos impostos gerados pelo consumismo que são pagos ao governo.
Sendo assim, o autor questiona o enfoque dado pelo ensino ambiental brasileiro, que, segundo ele, segue os padrões do discurso oficial. Através de dados mostrados no texto, pode-se entender que só a reciclagem possui pouco impacto benéfico no ambiente. Um sistema que realmente valorizasse os 3 R’s – sem se preocupar com as empresas, mas sim com o bem do meio-ambiente – teria resultados muito mais significativos no nosso planeta.
O texto é de 2002, gostaria que discutíssemos aqui se alguma mudança foi feita na Educação Ambiental nesses últimos anos e quais enfoques seriam interessantes para se tratar deste assunto com alunos de diversas idades.
Um pouco mais de cada R

  • Reduzir: consiste em tentarmos reduzir a quantidade que produzimos de lixo, como por exemplo, comprar produtos mais duráveis e evitar trocá-los por qualquer novidade no mercado.
  • Reutilizar: Procurar embalagens, por exemplo, que possam ser usadas mais de uma vez – como garrafas retornáveis de vidro. Ou quem sabe, criar novas utilidades para as que você não precisa mais.
  • Reciclar: o mais conhecido dos 3 R’s; consiste em transformar um produto-resíduo em outro, visando diminuir o consumo de matéria-prima extraída da natureza.
É importante lembrar que, para obtermos um bom resultado na melhoria do meio-ambiente, os 3 R’s devem ser trabalhados igualmente.

Fonte: Futuro Professor

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

A construção de represas para gerar eletricidade, a queimada e nivelameto com tratores de florestas para a monocultura agrícola ou a formação de pastagens, o uso de fertilizantes e pesticidas químicos, a produção de combustíveis e metais extraídos de fósseis e depósitos de minérios, todas essas atividades são financeiramente lucrativas para os que possuem ou governam a Terra, mas ecologicamente tão destrutivas que o sistema de vida de Gaia, para sobreviver, pode ter que tornar a vida intolerável para os humanos. A natureza trabalha tendo em vista não o lucro, mas o equilíbrio. Recicla tudo. E os seres humanos não podem dirigir por muito mais tempo a economia do lucro à custa da economia planetária.

SAHTOURIS, Elisabet. A Dança da Terra: sistemas vivos em evolução: uma nova visão da biologia. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1998, p. 233

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Dez dicas para ser sustentável no supermercado

Donos e donas de casa sabem que fazer supermercado é uma das tarefas mais importantes da rotina do lar. O que acha de tornar esse momento mais sustentável? Com algumas escolhas simples e pequenas mudanças de atitude é possível abastecer a despensa e diminuir os impactos no planeta. Selecionamos dez dicas práticas para levar para o supermercado.
1 – Faça uma lista de compras
Nos dias de hoje, somos incentivados a consumir o tempo todo. Por isso, muitas vezes compramos mais do que realmente precisamos. Para evitar esse consumo abusivo, uma boa dica é fazer uma lista de compras antes de ir ao supermercado. Isto evita aqueles impulsos de levar coisas desnecessárias, como uma bebida que você nem gosta tanto ou um pacote de salgadinhos que engorda e faz um mal danado à saúde.
Se for comprar alimentos perecíveis, leve apenas a quantidade necessária. Fique atento também ao prazo de validade dos enlatados. Comprando apenas aquilo que você sabe que vai consumir você acaba gastando menos e evitando que frutas, legumes, verduras, hortaliças e carnes apodreçam em sua casa ou que produtos passem da validade e acabem no lixo.
2 – Se alimente antes de ir ao supermercado
Parece óbvio, mas é pura verdade. Um estudo mostra que pessoas com fome compram mais comida. Compras desnecessárias tendem a gerar mais lixo e desperdício. Por isso, faça um lanche ou uma refeição e não vá às compras de barriga vazia.
Bem alimentado e com a ajuda de uma lista de compras fica mais fácil comprar somente o que for preciso, pôr em prática o consumo consciente e evitar gastos desnecessários.
3 – Evite as compras de mês
Em vez de ir uma vez só ao supermercado e comprar um estoque mensal de alimentos, prefira ir quinzenal ou semanalmente. Assim você evita comprar produtos que perderão a validade e acabarão no lixo.
Você ainda pode aproveitar e retomar um hábito comum aos nossos pais e avós, mas pouco valorizado nos dias de hoje: as feiras livres. Ali você pode encontrar uma variedade maior de produtos, muito mais saudáveis e saborosos. Mas não se esqueça de comprar apenas o necessário para o seu consumo e de sua família até a próxima feira.
4 – Faça supermercado pela internet
Muitas redes de supermercados já dispõem de serviços de compras pela internet. Se o seu já tiver, use-o. Além de seguro, o serviço poupa combustível (já que a entrega normalmente é sincronizada e feita de uma vez só, por um único veículo), tempo, dinheiro e estresse.
Apenas evite pedir produtos com entrega para o dia seguinte, já que isso geralmente consome muita energia. Também tente fazer as encomendas junto com parentes, amigos e vizinhos. Isso evitará mais gastos com entrega e viagens desnecessárias.
5 – Compre a granel
Em vez de comprar alimentos em embalagens padronizadas, experimente comprar somente a quantidade que você precisa. Além de evitar as embalagens descartáveis, você reduz o desperdício ao levar para casa apenas o que precisa.
Diversas feiras e supermercados dão a opção de compra a granel, alguns são até mais baratos que os tradicionais. É possível inclusive encontrar alimentos orgânicos vendidos em quantidade individual e com preços bem acessíveis. Outra dica é utilizar embalagens retornáveis (como aqueles sacos plásticos vedáveis) e utilizá-los sempre que for comprar determinado produto.
6 – Prefira alimentos sazonais, orgânicos e locais
A natureza não produz bananas ou melancias o ano inteiro. Então de que forma é possível encontrar sempre as mesmas hortaliças, legumes, verduras e frutas nos supermercados? Ora, cultivando de maneira a induzir a frutificação. Isto significa usar uma grande quantidade de água e agrotóxicos e lançar poluentes no solo. Na feira, portanto, fique atento à temporada e compre somente o que estiver dentro da estação. Você estará levando para casa alimentos mais saudáveis, que agrediram menos a natureza e que certamente terão um sabor bem melhor.
Sempre que possível, procure ainda comprar alimentos orgânicos. Eles normalmente trazem um selo de garantia e foram cultivados naturalmente, sem nenhum tipo de inseticida ou modificação genética. Fazem bem à saúde e são muito mais saborosos. Diversos estudos demonstram que a exposição humana a pesticidas pode causar problemas neurológicos, vários tipos de câncer, danos ao sistema imunológico e redução na fertilidade. Além disso, os agrotóxicos também contaminam a água e o solo.
Também prefira os alimentos que são cultivados dentro do perímetro da sua região, que geralmente emitem menos carbono na atmosfera durante o transporte e estimulam os produtores locais. Mas tome cuidado para não comprar alimentos cultivados em estufas aquecidas com energias não renováveis, mesmo que elas estejam próximas a você.
7 – Não compre produtos de empresas irresponsáveis
Como consumidores, nós temos um grande poder de influenciar e mudar as práticas das empresas. Ao comprar produtos de marcas que agem de forma consciente e sustentável e que respeitam o meio ambiente, a cultura e a comunidade, e boicotar aquelas que atuam de forma oposta, você estará ajudando a mudar a realidade.
Grandes empresas já sofreram boicote e viram seus produtos serem deixados nas prateleiras como forma de protesto dos seus consumidores. Entre as críticas mais comuns estão as péssimas condições trabalhistas às quais estão sujeitos os empregados (algumas vezes, até crianças) e a degradação ambiental causada pelos seus produtos.
8 – Não manipule alimentos na hora da escolha
Toda vez que você manipula algum alimento, como frutas, verduras e legumes, você reduz a sua vida útil e aumenta as chances de desperdício. Por isso, evite ao máximo o contato na hora da escolha.
Quando for à feira ou ao supermercado, escolha com os olhos e pegue nos alimentos somente depois que decidir qual vai levar.
9 – Recuse sacolas plásticas
Se for comprar pouca coisa, recuse a sacola plástica e leve os produtos em uma ecobag ou mesmo na bolsa ou mochila. Assim você reduz o consumo de plástico e vira um propagador da consciência ambiental.
Não deixe de explicar por que você está abrindo mão da sacolinha plástica e mostre que é possível carregar suas compras sem consumir mais plástico. E se as compras foram grandes, opte por ecobags resistentes, caixotes ou carrinhos e ajude a preservar o planeta.
10 – Cozinhe em quantidade e congele
Quando já estiver em casa com suas compras, separe um dia para preparar várias refeições para todo o mês ou a semana. Depois basta guardar no freezer e reaquecer no dia de consumi-la. Essa prática ajuda a economizar ingredientes e energia.
Os processos de descongelar e esquentar são mais econômicos do que se você fosse preparar todo o alimento de novo. Cada vez que você vai para a cozinha preparar uma refeição você consome uma enorme quantidade de água, eletricidade (geladeira, micro-ondas, liquidificador, etc.), gás e também de alimentos, já que sempre sobra um pedaço de legume ou um punhado de tempero que termina no lixo.
Fazer tudo de uma vez evita esse tipo de desperdício e ainda poupa tempo para os próximos dias.
* Publicado originalmente no site EcoD.
(EcoD)

Fonte: Envolverde

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Será que falta educação?

Sala montada com lixo retirado de arroios de Porto Alegre é exposta em conferência na Capital

Ao conhecer sistema contra cheias, especialistas estrangeiros surpreenderam-se com material encontrado nas águas

Na Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, no bairro Praia de Belas, na Capital, está montada uma sala com sofá, poltrona, escrivaninha, telefone, TV e fogão. Tudo tirado dos arroios de Porto Alegre.

Na tarde de quarta-feira, a exposição batizada de a Casa do Arroio deixou boquiabertos dezenas de brasileiros e estrangeiros, participantes da 12ª Conferência Internacional de Drenagem Urbana, realizada nesta semana na Capital.

Apartir das limpezas e dragagens realizadas nos últimos anos nos arroios da cidade, o Departamento de Esgotos Pluviais (DEP) reuniu móveis e utensílios domésticos para mobiliar uma residência.

Um orelhão e um banco de automóvel complementam a mostra itinerante, que, até o final do mês, estará aberta à visitação – após deve passar por universidades, shoppings e bairros.

Fonte: Zero Hora

terça-feira, 6 de setembro de 2011

2ª Feira de Descarte Tecnológico será dia 10 de setembro

Definida a data da 2ª Feira de Descarte Tecnológico, na Capital. O evento será realizado dia 10 de setembro, na Usina do Gasômetro, em uma promoção da Prefeitura, através do Gabinete de Inovação e Tecnologia (INOVAPOA) e DMLU, em ação conjunta com o Sistema Fecomércio-RS. A campanha pretende conscientizar a sociedade sobre a importância da gestão do Ciclo Sustentável do Resíduo Tecnológico.

Depois do grande sucesso da primeira edição, realizada pela prefeitura em dezembro do ano passado, arrecadando mais de 14 toneladas de equipamentos de informática, agora os porto-alegrenses terão mais uma oportunidade de dar o destino correto ao lixo eletrônico e assim garantir a preservação ambiental.
A parceria com o Sistema Fecomércio surgiu da iniciativa do Governo Municipal em buscar agregar valores de conscientização e responsabilidade sócio-ambiental no município, unindo esforços para promover a capacitação dos diversos segmentos envolvidos no ciclo econômico do resíduo tecnológico. Segundo o Coordenador-geral do Inovapoa, Newton Braga Rosa, torna-se necessário haver uma abordagem correta para o descarte adequado do lixo eletrônico, a fim de gerar mais qualidade de vida, emprego e renda à população. "Precisamos de empresas fortes que gerem renda e emprego a partir do resíduo eletrônico".
Os equipamentos arrecadados no dia da Feira em Porto Alegre serão recolhidos e encaminhados pelo DMLU - Departamento Municipal de Limpeza Urbana às empresas de reciclagem (IZN Recicle Brazil e Trade Recycle) que farão a triagem, desmanufatura e reciclagem dos componentes.
Além da Capital Gaúcha, a Fecomércio-RS vai ampliar a Campanha de Recolhimento de Resíduos Eletrônicos e Telefonia Pós-Consumo também para todo estado do Rio Grande do Sul. Os postos de coleta de equipamentos estarão espalhados por diversos municípios que aderiram ao programa e terão uma agenda própria para a arrecadação. A atividade inicia nesta quinta-feira, 4, e segue até o dia 30 de setembro.
A meta da Campanha no estado é atingir uma arrecadação de 100 toneladas de resíduos e 20 mil celulares e baterias. (áudio)

Fonte: Prefeitura de Porto Alegre - Comunicação Social