Ampliar a temática ambiental na educação formal, sensibilizar
gestores responsáveis por políticas públicas produtoras de grande
impacto ambiental e ampliar alianças e parcerias com a sociedade civil,
foram alguns dos desafios da educação Ambiental levantados durante
debate realizado na tarde desta quinta-feira (7), em Brasília. O
encontro, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), reuniu
especialistas que refletiram sobre as políticas públicas de educação
ambiental e mobilização social.
O diretor do Departamento de Educação Ambiental (DEA), da Secretaria
de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC) do MMA, Nilo
Diniz, ressaltou que o encontro serviu para refletir sobre como é
possível fortalecer o processo educativo, para que ele se torne cada vez
mais eficiente no país.
Pesquisa - A professora da Universidade de Brasília
(UnB), Leila Chalub, falou sobre as perspectivas e os desafios do tema
no âmbito das universidades. “Não há como trabalhar a educação
ambiental, se não for por meio da possibilidade da pesquisa”, afirmou,
reforçando a importância da integração de saberes e da abordagem
interdisciplinar neste processo educativo.
A ação do estado foi o foco da palestra de José Quintas,
ex-coordenador-geral de Educação Ambiental do Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Enfatizou que
não adianta difundir conhecimento de modo meramente instrumental. “É
necessário disseminar concepções e práticas de educação ambiental
comprometidas com o desenvolvimento da nossa problemática socioambiental
e com o protagonismo transformador da sociedade”, enfatizou.
Para Marcos Sorrentino, assessor especial do Ministro da Educação e
livre docente da Universidade de São Paulo (USP), é preciso fortalecer a
educação ambiental como instrumento transformador do modelo social
atual. “Precisamos apresentar caminhos que materializem a mudança que a
educação é capaz de realizar”, destacou. Reforçou, ainda, a necessidade
de se desenvolver a Educação Ambiental de forma permanente e articulada.
Ferramenta - A professora Vera Catalão, da UNB,
também chamou a atenção para o poder da Educação Ambiental como
ferramenta crítica, transformadora e reflexiva. Ela salientou que devem
existir autores e coautores envolvidos com o tema ambiental. “Para que
as ações sejam realizadas em parceria e de forma compartilhada. A
Educação Ambiental demanda a união de saberes”, finalizou.
O painel reuniu, além dos especialistas, servidores do MMA e das
unidades vinculadas, estudantes e acadêmicos envolvidos com o tema, que
também contribuíram para a discussão. Nilo Diniz esclareceu, ainda, que o
grande desafio será consolidar tudo que foi debatido em dois
importantes eventos que acontecerão neste ano – a 4ª Conferência
Nacional de Meio Ambiente e Conferência Infanto- Juvenil pelo Meio
Ambiente. “Será uma oportunidade de levar o tema a todos os brasileiros e
debater com a sociedade a importância da Educação Ambiental”, afirmou.
(Fonte: MMA)
Fonte: Ambiente Brasil
sexta-feira, 12 de abril de 2013
Refrigerantes e outras bebidas causam 180 mil mortes precoces anuais
Pesquisadores do departamento de saúde da Universidade de Harvard
lançaram um estudo que aponta a relação entre bebidas açucaradas e a
incidência de mortes precoces. Os especialistas consideraram a situação
em 114 países e concluíram que 180 mil mortes são causadas anualmente em
decorrência deste açúcar.
As bebidas que detêm este perfil e estão entre as mais consumidas no mundo são os refrigerantes, isotônicos, energéticos, entre outras. De acordo com o estudo, o excesso de açúcar ocasiona obesidade, doenças no coração, diabetes e alguns tipos de câncer, que por sua vez estão relacionados ao grande número de mortes precoces.
Os pesquisadores trabalharam este tema durante cinco anos, sob a liderança do pós-doutor Gitanjali M. Singh, e concluíram que das 180 mil mortes causadas pelas bebidas açucaradas 133 mil delas são relacionadas à diabetes, 44 mil por doenças cardiovasculares e seis mil em consequência de câncer.
Nos EUA os debates sobre as grandes embalagens de refrigerante já geraram muita polêmica e renderam proibições e novas legislações. Mesmo assim, a nação soma 25 mil mortes precoces com o perfil analisado pelos especialistas. O México é outra nação com destaque negativo. Os pesquisadores dizem que o consumo médio no país latino-americano e de 700 ml de bebidas deste tipo por dia, considerada a maior taxa entre os locais estudados.
O codiretor do programa de epidemiologia vascular de Harvar, Dariush Mozaffarian, explicou que três quartos destas mortes precoces estão concentradas em países de baixa e média renda. “Este não é apenas um problema dos países ricos”, informou o especialista em declaração à CNN.
“Nosso estudo mostra que dezenas de milhares de mortes no mundo são causadas pela ingestão de bebidas açucaradas e isso deve impulsionar as autoridades políticos a adotarem medidas fortes para reduzir o consumo de bebidas açucaradas”, finaliza Singh.
* Com informações do Inhabitat.
** Publicado originalmente no site CicloVivo.
Fonte: Envolverde
As bebidas que detêm este perfil e estão entre as mais consumidas no mundo são os refrigerantes, isotônicos, energéticos, entre outras. De acordo com o estudo, o excesso de açúcar ocasiona obesidade, doenças no coração, diabetes e alguns tipos de câncer, que por sua vez estão relacionados ao grande número de mortes precoces.
Os pesquisadores trabalharam este tema durante cinco anos, sob a liderança do pós-doutor Gitanjali M. Singh, e concluíram que das 180 mil mortes causadas pelas bebidas açucaradas 133 mil delas são relacionadas à diabetes, 44 mil por doenças cardiovasculares e seis mil em consequência de câncer.
Nos EUA os debates sobre as grandes embalagens de refrigerante já geraram muita polêmica e renderam proibições e novas legislações. Mesmo assim, a nação soma 25 mil mortes precoces com o perfil analisado pelos especialistas. O México é outra nação com destaque negativo. Os pesquisadores dizem que o consumo médio no país latino-americano e de 700 ml de bebidas deste tipo por dia, considerada a maior taxa entre os locais estudados.
O codiretor do programa de epidemiologia vascular de Harvar, Dariush Mozaffarian, explicou que três quartos destas mortes precoces estão concentradas em países de baixa e média renda. “Este não é apenas um problema dos países ricos”, informou o especialista em declaração à CNN.
“Nosso estudo mostra que dezenas de milhares de mortes no mundo são causadas pela ingestão de bebidas açucaradas e isso deve impulsionar as autoridades políticos a adotarem medidas fortes para reduzir o consumo de bebidas açucaradas”, finaliza Singh.
* Com informações do Inhabitat.
** Publicado originalmente no site CicloVivo.
Fonte: Envolverde
quinta-feira, 11 de abril de 2013
Mudanças Climáticas
As projeções do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas
(IPCC – sigla em inglês) da ONU sobre o aquecimento do planeta foram
fundamentais para alertar a sociedade e os governos para a questão.
Segundo os estudos realizados pelo grupo, que reúne cientistas do mundo todo, nos próximos 100 anos poderá haver um aumento da temperatura média global entre 1,8ºC e 4,0ºC. Além disso, o nível médio do mar deve subir entre 0,18 m e 0,59 m, o que pode afetar significativamente a atividade humana e os ecossistemas terrestres.
Para se ter uma ideia de como o processo de aquecimento da Terra está acelerado, basta saber que o planeta demorou 10 mil anos para que a temperatura aumentasse 5ºC. Agora pode levar apenas 200 anos para aumentar mais 5°C.
Com o objetivo de projetar as consequências desse fenômeno para o Brasil, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), traçou dois cenários: um pessimista, que estima aumento da temperatura no País entre 4ºC e 6°C, e outro otimista, com alta entre 1ºC e 3°C.
As duas projeções apontam para diminuição do volume de chuvas na região Norte, aumento da temperatura no Centro Oeste, seca no Nordeste, aumento de extremos de seca, chuva e temperatura no Sudeste e aumento do volume de chuvas no Sul, mas com alta evaporação por causa do calor, o que afeta o balanço hídrico.
“Essas alterações climáticas causam aumento do número de eventos extremos, ou seja, passam a ocorrer mais vezes chuvas fortes, por exemplo, que provocam enchentes e deslizamentos”, afirma o geólogo Eduardo Macedo.
“O Brasil tem uma legislação que lida com essa questão, além dos projetos de preservação ambiental”, ressalta a diretora de Mudanças Climáticas do Ministério de Meio Ambiente, Karen Suassuna, referindo-se à Política Nacional sobre Mudança do Clima, que estabelece metas como a redução da emissão de gases de efeito estufa entre 36% e 39% até 2020, tendo como base as emissões previstas para aquele ano.
Multidisciplinar
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) possui hoje 13 subprojetos voltados para o estudo das mudanças climáticas, com o objetivo de produzir conhecimento sobre o assunto de uma forma que seja acessível aos tomadores de decisão.
Para Paulo Nobre, pesquisador do INCT, as mudanças climáticas afetam a economia, as energias renováveis, o meio ambiente, a saúde. Por isso, o desafio é tratar o tema de forma multidisciplinar, quantificar os efeitos e incorporar as políticas públicas.
O geólogo Macedo acredita que é cedo para relacionar os atuais eventos climáticos com o aquecimento global. E alerta: “Diminuir a emissão dos gases não vai fazer o fenômeno parar. Vai demorar mais 100 anos para o planeta voltar ao que era antes. Nós temos que nos adaptar à nova realidade”.
MInistério do Meio Ambiente
Lei 12.187/09
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC)
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT)
Segundo os estudos realizados pelo grupo, que reúne cientistas do mundo todo, nos próximos 100 anos poderá haver um aumento da temperatura média global entre 1,8ºC e 4,0ºC. Além disso, o nível médio do mar deve subir entre 0,18 m e 0,59 m, o que pode afetar significativamente a atividade humana e os ecossistemas terrestres.
Para se ter uma ideia de como o processo de aquecimento da Terra está acelerado, basta saber que o planeta demorou 10 mil anos para que a temperatura aumentasse 5ºC. Agora pode levar apenas 200 anos para aumentar mais 5°C.
Com o objetivo de projetar as consequências desse fenômeno para o Brasil, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), traçou dois cenários: um pessimista, que estima aumento da temperatura no País entre 4ºC e 6°C, e outro otimista, com alta entre 1ºC e 3°C.
As duas projeções apontam para diminuição do volume de chuvas na região Norte, aumento da temperatura no Centro Oeste, seca no Nordeste, aumento de extremos de seca, chuva e temperatura no Sudeste e aumento do volume de chuvas no Sul, mas com alta evaporação por causa do calor, o que afeta o balanço hídrico.
“Essas alterações climáticas causam aumento do número de eventos extremos, ou seja, passam a ocorrer mais vezes chuvas fortes, por exemplo, que provocam enchentes e deslizamentos”, afirma o geólogo Eduardo Macedo.
“O Brasil tem uma legislação que lida com essa questão, além dos projetos de preservação ambiental”, ressalta a diretora de Mudanças Climáticas do Ministério de Meio Ambiente, Karen Suassuna, referindo-se à Política Nacional sobre Mudança do Clima, que estabelece metas como a redução da emissão de gases de efeito estufa entre 36% e 39% até 2020, tendo como base as emissões previstas para aquele ano.
Multidisciplinar
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) possui hoje 13 subprojetos voltados para o estudo das mudanças climáticas, com o objetivo de produzir conhecimento sobre o assunto de uma forma que seja acessível aos tomadores de decisão.
Para Paulo Nobre, pesquisador do INCT, as mudanças climáticas afetam a economia, as energias renováveis, o meio ambiente, a saúde. Por isso, o desafio é tratar o tema de forma multidisciplinar, quantificar os efeitos e incorporar as políticas públicas.
O geólogo Macedo acredita que é cedo para relacionar os atuais eventos climáticos com o aquecimento global. E alerta: “Diminuir a emissão dos gases não vai fazer o fenômeno parar. Vai demorar mais 100 anos para o planeta voltar ao que era antes. Nós temos que nos adaptar à nova realidade”.
Fontes:
MInistério do Meio Ambiente
Lei 12.187/09
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)
Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC)
Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT)
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