quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Na China é permitido pagar o transporte reciclando garrafas

O governo chinês iniciou um programa para incentivar os cidadãos a reciclarem garrafas de plástico. Para levá-lo adiante, foram instaladas 34 máquinas em Pequim, nas quais as pessoas podem introduzir garrafas de plástico e obter tickets para o transporte público ou minutos adicionais para seus celulares.
Todas as máquinas, de acordo com o Recycling Today, foram colocadas em áreas de alto tráfego, como o Templo do Céu, lugar em que transitam, aproximadamente, 60 mil pessoas diariamente. Esse programa de reciclagem em que são oferecidas recompensas aos usuários ajuda a combater de maneira efetiva a poluição em uma cidade que produz enormes quantidades de lixo.
As 10 primeiras máquinas desse tipo foram instaladas na estação subterrânea do metrô, no final de 2012. A fabricante, Incom Recycle (http://www.incomrecycle.com/en/), oferece aos usuários em seu site um mapa completo em que são destacados os pontos onde as máquinas estão instaladas.
O governo de Pequim afirmou que, por ano, são recicladas 15 mil toneladas de garrafas de plástico, e espera-se que com a instalação das máquinas essa quantidade “aumente exponencialmente”.


Fonte: Funiber

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

O que é Efeito Estufa?

Efeito estufa é um fenômeno natural de aquecimento térmico da Terra, é essencial para manter a temperatura do planeta em condições ideais de sobrevivência, e sem ele, a Terra seria muito fria, dificultando o desenvolvimento das espécies.
É assim chamado porque o mesmo efeito se pode observar, ainda que em menor escala, no interior de uma estufa. O efeito estufa também acontece em outros planetas. No caso de Vênus, a temperatura é superior a 470ºC devido ao anidrido carbônico contido na sua atmosfera.
O efeito estufa ocorre quando os raios provenientes do Sol, ao serem emitidos à Terra, têm dois destinos, uma parte deles é absorvida e transformada em calor, para manter o planeta quente, e a outra é refletida e direcionada ao espaço, como radiação infravermelha. Mais da metade da radiação fica retida na superfície do planeta por causa da ação refletora de uma camada de gases que a Terra tem, os gases estufa, que agem como isolantes por absorver uma parte da energia irradiada e são capazes de reter o calor do sol na atmosfera, formando uma espécie de cobertor em torno do planeta, impedindo que ele escape de volta para o espaço.
Nas últimas décadas, contudo, a concentração desses gases isolantes tem sido aumentada demasiadamente pela ação do homem, através da queima de combustíveis fósseis, do desmatamento e da ação das indústrias, aumentando a poluição do ar. Esse excesso de camada está fazendo que parte desses raios não consiga voltar para o espaço, provocando uma elevação na temperatura de todo o planeta, o aquecimento global, por isso, o nome estufa é usado para descrevê-lo.
Em 1997, visando diminuir as emissões dos gases, a Organização das Nações Unidas (ONU) convocou vários países para assinarem um tratado chamado Protocolo de Kyoto, que determina que os países industrializados diminuam suas emissões de gases poluentes a um nível 5,2% menor que a média de 1990. Os Estados Unidos, um dos países que mais contribui para esses danos ambientais, ainda não assinaram o documento.
O Brasil está em 6º lugar no ranking dos países que mais emitem gases de efeito estufa na atmosfera, a maior parte por conta dos desmatamentos.

Efeito estufa e aquecimento global

Apesar de alguns cientistas acreditarem que o aquecimento global acontece graças a causas naturais, a grande maioria afirma que acontece graças à emissão excessiva de gases estufa na atmosfera terrestre. Estes gases destroem a camada de ozônio, deixando o planeta Terra mais vulnerável aos raios ultravioletas do Sol.

Causas e consequências do efeito estufa

O efeito estufa é causado pelo excesso de CO2 e outros gases (como o metano) na atmosfera terrestre. A camada desses gases ficou mais espessa a partir da Revolução Industrial, sendo que a temperatura começou a subir significativamente.
As altas temperaturas provocadas pelos gases do efeito estufa desequilibram o sistema climático da Terra. Algumas das consequências são: elevação do nível médio dos oceanos, aumento da frequência das tempestades, ondas de calor, alteração do sistema de chuvas etc.

Fonte: Significados

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Educação Ambiental no contexto das Mudanças Climáticas

A visão preponderante na Ciência admite que as mudanças no clima global são um fato e vem ocorrendo pela ação da atividade humana. O desafio para o enfrentamento das causas e das consequências das Mudanças Climáticas é imensamente complexo. Para a Educação Ambiental (EA) parece ser ainda mais, na medida em que a compreensão do fenômeno Mudanças Climáticas é algo distante, difícil, abstrato, deslocado no tempo e longe no espaço. A chave para a formulação e a implementação de políticas públicas de EA, em tempos de Mudanças Climáticas, deve estar centrada nas transformações humanas, propondo alternativas para o modelo e a cultura materialistas que colocam em risco a humanidade.

A Ciência do Clima demonstra que a humanidade irá enfrentar algum grau de Mudança Climática, além do que já vem ocorrendo; será irreversível, é um processo. As análises apontam que se todas as emissões de gases de efeito estufa fossem paralisadas hoje, os gases presentes na atmosfera (que demoram em média um século para se dissipar) ainda aqueceriam a terra no mínimo em mais 1ºC até 2100, além dos 0,76 ºC que o planeta já ganhou desde a Revolução Industrial. Nesse sentido, a premência da EA diante desse cenário que se projeta, tem que ser de mobilização e engajamento pela vida.

A Educação Ambiental como ação mobilizatória e transformadora pode contribuir para enfrentar esses cenários futuros que se projetam.Dessa forma, o Departamento de Educação Ambiental da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (DEA/SAIC/MMA) elaborou este documento, a fim de contribuir para a política pública de EA sobre o tema Mudanças Climáticas. A partir dele, o DEA expõe formas de compreensão teóricas conceituais do fenômeno, referenciadas nos campos da Ciência e da Educação Ambiental.

Essa iniciativa visa formular políticas públicas que atendam aos anseios e demandas da sociedade brasileira, no sentido da tomada de consciência, das mudanças de posições socioambientais equivocadas e modelos mentais cristalizados, para viabilizar a transição para uma sociedade de baixo carbono.

A proposta se referencia na EA crítica e transformadora. E para esse exercício, este documento sugere princípios, diretrizes, objetivos e estratégias de ação para a reflexão e a prática de EA no contexto das Mudanças Climáticas.


Relatórios:


1.Uma proposta de política pública: Parâmetros e Diretrizes para a Educação Ambiental no contexto das Mudanças Climáticas causadas pela ação humana.

2.Documento descritivo contendo proposta de campanha sobre educação ambiental e mudanças climáticas, incluindo estratégia de execução.

Publicações do DEA:
Livro: Educação Ambiental & Mudanças Climáticas: Diálogo Necessário num Mundo em transição

Fonte: MMA

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Está faltando água

O ano de 2014 começou com duas notícias perigosas para o Brasil: problemas de abastecimento de água na maior região metropolitana do país e os reservatórios das hidrelétricas em níveis cronicamente baixos, a ponto de fazer retornar o fantasma do racionamento energético. Mais que casos isolados, os dois fatos apontam para uma complexa realidade que teremos de enfrentar na situação hídrica. Ao mesmo tempo que continuamos sendo um dos países com maior quantidade de água doce do mundo, começamos a ter dificuldades típicas de países desérticos ou subdesenvolvidos. A piora da seca no Nordeste e o agravamento das enchentes no resto do território confirmam que o Brasil precisará mudar radicalmente sua relação com a água.

O uso crescentemente desordenado de água, a falta de tratamento de esgoto e a negligência com o desmatamento de áreas sensíveis nas nascentes geraram uma realidade adversa. Especialistas afirmam que o Brasil está em uma encruzilhada: ou toma as decisões corretas ou, em um futuro próximo, apenas uma pequena parcela da população terá acesso a água de qualidade, afetando o dia a dia dos habitantes, das indústrias, da construção civil e do agronegócio.

“O grande problema não é o fim da abundância hídrica no Brasil, mas é o fato de que a maioria das bacias hidrográficas brasileiras encontra-se ‘doente’, com seu regime fluvial altamente descontrolado. Ou seja, as enchentes estão muito maiores nos períodos chuvosos e as secas estão mais longas nos períodos de estiagem”, enfatiza Adacto Ottoni, assessor de meio ambiente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ) e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. “O que temos de fazer é recuperar a ‘saúde’ das nossas bacias hidrográficas, o que se consegue a partir de obras e intervenções com sustentabilidade ambiental, regularizando o regime dos rios e recuperando a biodiversidade natural do ecossistema da bacia hidrográfica.”

MÚLTIPLOS VILÕES

Não somos historicamente secos como Israel e os países árabes e nem estamos com um sistema saturado como o dos europeus, que muitas vezes precisam dessalinizar a água do mar, como faz a Espanha. Mas, assim como os norte-americanos, parece que fomos pegos de surpresa. Com tanta fartura de água, o país se acostumou a desperdiçar e nunca dedicou atenção a planejamento, tratamento ou preservação das fontes dos mananciais nacionais. O crescimento desordenado das cidades contribui para esta situação, que exigirá uma mudança radical de postura, como atesta Samuel Barreto, coordenador do Movimento Água para São Paulo. “A solução para a ampliação do abastecimento de água não pode ser, novamente, captar mais água. Não se resolve a crise do Sistema Cantareira, em São Paulo, buscando a água do Rio Paraíba do Sul, pois este rio também tem problemas.” O especialista relembra ainda um dado alarmante: o consumo paulistano, por exemplo, já supera em 4% a capacidade do sistema e, em dez anos, esse descasamento chegará a 15%. “Não dá para viver entrando todo mês com uma conta que não fecha.”
Na visão do coordenador, a crise atual força, ao menos, o tema entrar com importância na agenda nacional de discussões. “O problema não é apenas do governo, que precisa dar mais atenção ao assunto e ampliar o planejamento e a gestão hídrica. Temos que atuar forte na demanda, com uma mudança de consciência, e também da oferta. Está na hora de cidades como São Paulo terem um forte programa de reuso da água e de construções que captam água da chuva. Tudo isso reduz a pressão sobre o sistema. E precisamos melhorar a cobertura florestal. Quando vemos o caso da Cantareira, nos assustamos, pois toda área que precisaria ser preservada tem 500 mil hectares – são 500 mil campos de futebol. Mas, analisando melhor, vemos que a área crítica é de 15 mil hectares. Disso podemos cuidar, reflorestar com maior facilidade.”

Outros especialistas pensam parecido. Para Glauco Kimura de Freitas, coordenador do Programa de Água do WWF-Brasil, é difícil até mesmo identificar o causador do problema. “A abundância gerou uma cultura do desperdício. Com tamanha disponibilidade de água e um regime de chuvas tropicais privilegiado, criamos uma mentalidade de que a água nunca vai acabar. É um pouco complicado apontar culpados em momentos de crise. Todos nós temos parte da culpa, mas também somos a solução: governos, empresas e cidadão. As empresas devem olhar para além dos muros da fábrica. Não basta mais cumprir a legislação e fazer a lição de casa. Os riscos ligados à água, seja pela escassez, seja pela abundância (enchentes), irão afetar a todos, inclusive aquelas que já estão fazendo sua lição de casa”, garante.

Para o coordenador, entre os aspectos extremamente alarmantes está o assoreamento dos rios provocado pelo desmatamento irregular de nascentes e matas ciliares, a poluição das águas e a média nacional de coleta e tratamento de esgoto não chegar a 50% do total dos domicílios. A oferta de água, portanto, tem diminuído, mas a demanda tem aumentado devido ao crescimento populacional. “Hoje, cerca de 80% da população brasileira vive nas cidades. Há 30 anos, esse percentual era menor que 70%. Na média nacional, o país mantém uma enorme oferta de água, mas nas regiões de maior disponibilidade, como a Bacia Amazônica, vive menos de 10% da população. Já na região Sudeste, onde se encontra mais de 50% da população, a oferta de água é menor do que 20%. Ou seja, o descompasso demográfico entre demanda e oferta faz com que a afirmação seja verdadeira: estamos, sim, presenciando o fim da abundância hídrica no Brasil.”

Para Adacto Ottoni, em meio a tudo isso, há um vilão claro: o poder econômico. “O Brasil evoluiu para esse quadro, com rios assoreados, com despejo de esgoto in natura e com a captação de água para abastecimento cada vez mais distante das grandes cidades, além de rios cada vez mais degradados, em função da ausência de políticas públicas com sustentabilidade ambiental para o saneamento e da má gestão dos recursos hídricos. O poder econômico sempre fala mais alto do que os reais interesses da sociedade e do que a preservação ambiental.”

PROBLEMA AVANÇA PARA O NORTE

Os problemas vividos no Nordeste, Sudeste e no Sul do Brasil começam a se repetir no Norte e no Centro-Oeste. De acordo com Paulo Libânio, assessor especial do diretor de recursos hídricos da Agência Nacional de Águas (ANA), atualmente o país vê o avanço da fronteira agrícola para as regiões em que se encontra a maior parte da água doce brasileira. No entanto, esses locais que concentram as bacias dos rios Tocantins, Araguaia e Amazonas não têm comitês que controlem o uso dos recursos naturais.
“O ideal seria que nos antecipássemos ao problema, criássemos os comitês antes de essas bacias estarem em risco. Agora, o uso da água é feito sem controle, sem qualquer tipo de compensação”, destaca. O forte crescimento das exportações do agronegócio brasileiro também agrava o caso. Até o fim de 2014, o país terá vendido a outros países mais de 40 milhões de toneladas de soja – uma produção que exige grande volume de água para se viabilizar. Na indústria do café, por exemplo, segundo o WWF, para obter uma xícara de expresso, a cadeia de produção do grão consumiu 140 litros de água.

Com base nesse conceito, tudo o que consumimos necessita de água direta ou indiretamente. E, dessa forma, a camisa de algodão produzida no Paquistão deveria ser uma das mais caras do mundo, pois o país é semiárido e o algodão é predominantemente irrigado. Mas cobrar pela água embutida não é uma solução. O que se defende é o cálculo da pegada hídrica (quantidade de água consumida na cadeia produtiva) das commodities agrícolas em cada país e os produtores diminuírem esses índices em seus próprios territórios.

SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS

Barreto, do Movimento Água para São Paulo, lembra que o país já tem alguns exemplos positivos, como os Fundos da Água, projeto que cuida das nascentes dos rios em 28 cidades da América Latina, sendo nove delas no Brasil. Mas, além disso, precisa buscar uma eficiência igual à japonesa no sistema de tubulação de água, o que resolveria em boa parte o problema, uma vez que as perdas chegam a 40% do total de algumas cidades. A Alemanha, com forte consciência ambiental, é outro exemplo que poderia ser seguido, informa o especialista. Pelo lado positivo, a Política Nacional de Recursos Hídricos, vigente no Brasil desde 1997, é inspirada no bem-sucedido modelo francês de gestão participativa e descentralizada das águas. O Brasil é a primeira nação da América Latina a desenvolver um Plano Nacional de Recursos Hídricos. Temos 200 comitês de bacias criados no país. Mas falta efetividade e um planejamento global.
Ottoni, do Crea-RJ, acredita que um dos pilares, junto com a redução do consumo e a preservação das fontes geradoras, é a busca por tecnologias limpas, como a ampliação da coleta e do tratamento de esgotos sanitários, incluindo o reuso e o reaproveitamento do lodo do tratamento para produção de biogás e composto orgânico. E até pela construção de pequenas e médias barragens de cheias nos trechos médio e superior dos rios, bem como de bacias de detenção para reter o escoamento superficial das encostas.

Já Paulo Libânio, da ANA, enfatiza que pequenas ações de conscientização podem fazer uma grande diferença, desde que as campanhas não sejam esporádicas. Aos produtores rurais, importantes pilares desse processo, já se oferecem modelos de incentivo para que preservem os rios e as nascentes dentro de suas propriedades. “Precisamos de proteção permanente. O importante é manter as práticas conservacionistas e manter sempre o diálogo.”

Fonte: Revista da Cultura

quinta-feira, 5 de junho de 2014


O Dia Mundial do Meio Ambiente foi estabelecido pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 1972 marcando a abertura da Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano.

Celebrado anualmente desde então no dia 5 de Junho, o Dia Mundial do Meio Ambiente cataliza a atenção e ação política de povos e países para aumentar a conscientização e a preservação ambiental.

Os principais objetivos das comemorações são:
1. Mostrar o lado humano das questões ambientais;
2. Capacitar as pessoas a se tornarem agentes ativos do desenvolvimento sustentável;
3. Promover a compreensão de que é fundamental que comunidades e indivíduos mudem atitudes em relação ao uso dos recursos e das questões ambientais;
4. Advogar parcerias para garantir que todas as nações e povos desfrutem um futuro mais seguro e mais próspero.
O tema do Dia Mundial em 2009 é “Seu planeta precisa de você: Unidos contra as mudanças climáticas”. Ele reflete a urgência de que nações atuem de maneira harmônica para fazer frente às mudanças climáticas, para manejar adequadamente suas florestas e outros recursos naturais e para erradicar a pobreza.
Este ano, o México será a sede mundial das comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente o que reflete o engajamento dos países da América Latina e Caribe na luta contra as mudanças climáticas e na transição para uma sociedade de baixo carbono.
Em linha com seu forte engajamento nas questões ambientais, o México é um dos países que mais contribuiu com a campanha 7 Bilhões de Árvores, desenvolvida pelo PNUMA. http://www.unep.org/billiontreecampaign/portuguese
O presidente do México, Felipe Calderón, afirma que a celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente "irá destacar a determinação daquele país em gerenciar adequadamente seus recursos naturais e lidar com o mais exigente desafio do século 21 - as mudanças climáticas."
Para maiores informações sobre as atividades relativas à celebração do Dia Mundial do Meio Ambiente no México, acesse o site da Secretária do Meio Ambiente e Recursos Naturais no seguinte endereço: www.semarnat.gob.mx

Fonte: PNUMA

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Quase 90% da população urbana respira ar poluído

A qualidade do ar está piorando na maioria das cidades do mundo, revelou um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgado nesta quarta-feira 07. Quase 90% da população urbana mundial respira um ar cujo grau de poluição está acima dos níveis de segurança.
No Brasil, das 40 cidades analisadas, apenas em Salvador, na Bahia, a média anual de partículas inaláveis ficou abaixo do limite de 20 microgramas por metro cúbico estabelecido pela OMS.
"Em muitos centros urbanos, o ar está tão poluído que é impossível ver os prédios no horizonte", afirma a diretora-geral adjunta da OMS para a Saúde da Família, Criança e Mulher, Flavia Bustreo. É perigoso respirar esse ar, destaca.
O relatório mediu a poluição em 1.600 cidades de 91 países do mundo, entre 2008 e 2012, sendo a maioria dos dados de 2011. Somente 12% dos habitantes das cidades analisadas vivem dentro dos níveis de poluição seguros estabelecidos pela OMS.
Cerca da metade da população urbana monitorada vive em regiões onde os níveis ultrapassam pelo menos 2,5 vezes o limite, acarretando grandes riscos para a saúde. As regiões mais poluídas ficam na África e na Ásia. A média mundial de partículas inaláveis registrada ficou em 71 microgramas por metro cúbico.
Metrópoles brasileiras como Brasília, Recife, Manaus e Porto Alegre não constam no relatório.

Acima do limite

Na América Latina, a média ficou em 51 microgramas por metro cúbico. No Brasil, as cidades mais poluídas são Santa Gertrudes, no interior de São Paulo, onde foi registrada uma concentração de 81 microgramas por metro cúbico, seguida pelo Rio de Janeiro (67 microgramas por metro cúbico) e Belo Horizonte (52 microgramas por metro cúbico).
Entre as cidades brasileiras ncluídas no estudo, as de ar mais limpo são Salvador da Bahia (17 microgramas por metro cúbico), Marília (21 microgramas por metro cúbico) e Presidente Prudente (22 microgramas por metro cúbico), ambas em São Paulo.
O aumento da concentração de partículas inaláveis no ar está ligado ao uso de combustíveis fósseis, o aumento dos veículos motorizados nas cidades, a utilização ineficiente da energia em habitações e à utilização de biomassa para o aquecimento e na cozinha.
Em 2012, a poluição do ar foi responsável pela morte de cerca de 3,7 milhões de pessoas abaixo dos 60 anos, segundo a OMS. O elevado número de partículas sólidas finas e pequenas é associado ao aumento de morte por doenças cardíacas e respiratórias, acidente vascular cerebral (AVC) e câncer.

Mais bicicletas, menos carros

Para a OMS, é possível mudar o quadro atual. "Podemos vencer a luta contra a poluição do ar e reduzir o número de pessoas que sofrem de doenças respiratórias e cardíacas, além de câncer de pulmão", afirma a diretora de Saúde Pública da organização, Maria Neira.
A especialista cita como exemplo a capital colombiana, Bogotá, que conseguiu melhorar a qualidade do ar ao aprimorar significativamente o transporte coletivo e a oferta para ciclistas e pedestres. Copenhague, capital da Dinamarca, também atingiu bons resultados ao incentivar o uso da bicicleta.
Segundo a OMS, políticas públicas voltadas para melhorar o transporte coletivo, incentivar o uso da bicicleta, reduzir a utilização de carvão para aquecimento e promover a produção de energia a partir de fontes renováveis são essenciais para melhorar a qualidade do ar nas cidades.

Fonte: Carta Capital

sábado, 12 de abril de 2014

Banco Mundial: aquecimento global não está sendo levado a sério

O aquecimento global não está sendo levado a sério e o tempo está se esgotando para evitar consequências como a seca e a inundação de cidades, disse nessa quinta-feira (10) o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim. "Estamos chegando rapidamente a um ponto em que não vamos ser capazes de manter o aquecimento global abaixo dos 2 graus Celsius ", acrescentou ele, no início da reunião de primavera do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington.
Jim Yong Kim defendeu que "o aquecimento de 2 graus Celsius vai ter grandes implicações”, indicando que “40% das terras aráveis da África desaparecerão e a cidade de Bangcoc poderá ficar submersa”.
O Banco Mundial atua em várias áreas para combater as alterações climáticas, principalmente no preço do carbono, no financiamento da energia renovável e na pressão exercida junto aos governos para remover os subsídios à energia.
Jim Yong Kim receia que muitos tenham deixado de pensar nas alterações climáticas como um problema urgente. "Daqui a dez ou 15 anos, quando começarem batalhas devido à falta de acesso à água e à comida, estaremos todos aqui sentados pensando: meu Deus, por que não fizemos mais àquela altura?", desabafou, confessando-se “extremamente preocupado” com o fato de “o mundo ainda não levar o assunto suficientemente a sério”.

Fonte: Agencia Brasil

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O perigo de esquentar comida em recipientes plásticos, no forno de microondas, é real

Circulam periodicamente pela internet, em e-mails, uma advertência segundo a qual o aquecimento de comida no forno de microondas, feito em recipientes de plástico, libera uma substância que pode causar câncer, a dioxina.
Diferentemente do que ocorre muitas vezes nesse tipo de mensagem, nesse caso, o risco é real e concreto. O Instituto Nacional do Câncer, através de sua Coordenação de Prevenção e Vigilância do Câncer, emitiu em março passado uma nota técnica sobre a dioxina, em que confirma não só a toxicidade da substância, mas também admite seu potencial carcinogênico.
Explica a nota que “a dioxina é um composto orgânico incolor e inodoro. É um subproduto espontâneo resultante de fenômenos e desastres naturais como a atividade vulcânica e os incêndios florestais, assim como da atividade do homem (indústria de plásticos, incineração, branqueador de papel e escapamento de gases de automóvel). A dioxina se encontra em todas as áreas onde haja atividade industrial, tanto no solo, na água e no ar, como nos alimentos – até mesmo no leite materno. Em geral, o risco de contato por inalação e contato dérmico é baixo”.
No aspecto alimentar, o Inca explica que “a dioxina detectada na terra, em sedimentos e suspensa na água será absorvida pelas plantas e subseqüentemente ingerida por animais e armazenada no tecido adiposo deles. O consumo de tecidos animais e vegetais (incluindo as verduras) é o modo de entrada da dioxina no corpo humano”.
Outro modo dos seres humanos terminarem a ingerindo é justamente pelo aquecimento de plásticos contendo alimentos, o que ocorre rotineiramente no uso do microondas.
AmbienteBrasil conversou com a toxicologista Silvana Turci, chefe da Área de Vigilância do Câncer relacionado ao Meio Ambiente e ao Ambiente de Trabalho do Inca. Ela explica que a dioxina é um subproduto gerado no processo de fabricação do plástico e que, a princípio, nem a indústria teria como aferir a qualidade da matéria-prima quanto a essa contaminação. Isso porque, no Brasil, apenas um laboratório, da Petrobras, tem aparato técnico nesse sentido.
Assim, qualquer plástico pode conter dioxina, desde brinquedos a garrafas PET. Porém, em condições normais de temperatura, o composto não é liberado. Visto que não há como ter segurança quanto à presença ou não da dioxina num plástico específico, vale o princípio da precaução. Ou seja, o recomendável é que nunca se aqueça alimentos no microondas em recipientes desse material. O melhor é transferir a comida para vasilhas de vidro que suporte o calor (temperado). Essa cautela se aplica também para as bandejas de espuma em que são acondicionadas lasanhas e outras massas, por exemplo.
Tal cuidado é simples e pode evitar danos sérios à saúde. Segundo a nota técnica do Inca, a dioxina se acumula no tecido gorduroso de animais e todos os estudos realizados com eles têm revelado o potencial cancerígeno do composto, mesmo em baixas doses.
“É uma substância com efeito cumulativo e residual a longo prazo. O tempo de meia vida é de, em média, 7 anos”, diz o alerta, informando ainda que alguns estudos têm relacionado a exposição a dioxinas com problemas reprodutivos e deficiências do sistema imunológico.
Outra advertência
Mas em relação ao filme plástico, tão utilizado para embalar alimentos? Silvana Turci explicou a AmbienteBrasil que esse uso também implica em riscos, embora a via de contaminação seja diferente. O problema, segundo ela, é que os compostos tóxicos presentes no plástico – principalmente os clorados – são solúveis em gorduras e isso faz com que sejam atraídos por elas.
Na prática, um sanduíche com manteiga ou requeijão, por exemplo, pode ser contaminado por esses compostos e, de novo, o melhor é aplicar o princípio da precaução.
A mãe que envia o lanche do filho para a escola pode lançar mão do papel alumínio, que não apresenta esse problema. Mas, para Silvana Turci, o ideal mesmo seria a retomada de hábitos antigos, como acondicionar o sanduíche ou a fruta em um pano de prato, num saquinho de papel ou – para os mais adeptos da modernidade – num pedaço de papel toalha.
Desinformação
Um dos maiores inimigos do consumidor ainda é a falta de um alerta maciço sobre esses necessários cuidados e, também, as informações truncadas que, muitas vezes, terminam circulando, sobretudo no território livre da internet.
Um caso clássico é o dos absorventes internos, que foram foco de um e-mail alarmista – e equivocado –, advertindo sobre a presença de dioxina neles. A mensagem levou a marca Tampax a garantir, em seu site, que o produto fabricado por eles não contém a substância.
“Este é um aspecto que tomamos com a maior seriedade e responsabilidade, pois foi comprovado em experimentos independentes de laboratório que a dioxina (conhecida tecnicamente como 2,3,7,8-tetraclorodibenzodioxina) tem produzido câncer”, diz o texto.

Fonte: Ambiente Brasil

Curiosodade