sexta-feira, 22 de maio de 2015

Cientistas pedem a suspensão dos transgênicos em todo o mundo

Carta aberta de cientistas de todo o mundo a todos os governos sobre os organismos geneticamente modificados (OGM).
– Os cientistas estão extremamente preocupados com os perigos que os transgênicos representam para a biodiversidade, a segurança alimentar, a saúde humana e animal, e, portanto, exigem uma moratória imediata sobre este tipo de cultivo em conformidade com o princípio da precaução.
 
Fonte: http://bit.ly/1ko1zyt  
– Eles se opõem aos cultivos transgênicos que intensificam o monopólio corporativo, exacerbam as desigualdades e impedem a mudança para uma agricultura sustentável que garanta a segurança alimentar e a saúde em todo o mundo.
– Eles fazem um apelo à proibição de qualquer tipo de patentes de formas de vida e processos vivos que ameaçam a segurança alimentar e violam os direitos humanos básicos e a dignidade.
– Eles querem apoio maior à pesquisa e ao desenvolvimento de uma agricultura não corporativa, sustentável, que possa beneficiar as famílias de agricultores em todo o mundo.
A carta aberta está publicada no sítio Ecocosas, 07-06-2014. No entanto, a carta foi publicada originalmente em 01-09-2000 e encontra-se no sítio inglês ISIS - Institute of Science in Society. A tradução é de André Langer.

Leia mais em: Revista IHU

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Demanda Bioquímica de Oxigênio

 A DBO representa o potencial ou a capacidade de uma massa orgânica “roubar” o oxigênio dissolvido nas águas. Mas este “roubo” não é praticado diretamente pelo composto orgânico, mas sim é resultado da atividade de microorganismos que se alimentam da matéria orgânica.
Assim, constituem condições básicas para a DBO:

a) A existência de microorganismos: se for colocada certa quantidade de calda de esgotos em um frasco com um tanto de água e em seguida esterilizar a solução, não haverá consumo de oxigênio no frasco. Isto é, a quantidade de oxigênio dissolvido, inicialmente existente permanecerá a mesma nos dias seguintes.
b) A existência de condições aeróbias: não havendo oxigênio dissolvido não pode haver seu consumo. Além disso, os microrganismos presentes devem ser aeróbicos (não é possível a respiração anaeróbia em presença de oxigênio). Mas há condições que merecem ser compreendidas: se o esgoto lançado em um rio tiver uma parte solúvel e outra sólida, insolúvel ( e geralmente o tem), esta última irá precipitar-se no fundo do rio ou do frasco, formando lodo orgânico (ou de esgoto). Assim, embora haja oxigênio na água superficial, o oxigênio não penetrará no interior do lodo, a não ser que se induza uma mistura constante. Assim mesmo, será difícil a penetração do oxigênio no interior das partículas sólidas. O lodo, então, será decomposto anaerobicamente, enquanto que a parte dissolvida, superior, terá decomposição aeróbia. Por conseguinte, só a parte superior gerará demanda bioquímica de oxigênio e não o lodo depositado. Por isso, em todo corpo d’água com pequena velocidade de escoamento, por melhor oxigenado que seja, há sempre um ambiente anaeróbio no seu leito. Então, para que não ocorra atividade anaeróbia, com suas conseqüências nocivas e desprendimento de maus odores, deve-se adicionar oxigênio suficiente ao meio para fomentar a atividade aeróbia.
c) A existência de compostos assimiláveis: se os elementos orgânicos do esgoto não forem biodegradáveis, não haverá decomposição biológica aeróbia ou anaeróbia. Por conseguinte, não haverá condições para o desenvolvimento de DBO, uma vez que não existirão microorganismos consumindo oxigênio.

A decomposição biológica tem um papel vital na natureza: degradar a matéria orgânica restituindo seus elementos ao meio. A decomposição aeróbia é mais vantajosa que a anaeróbica: é mais rápida e não forma subprodutos orgânicos, ainda que feita à custa do oxigênio do meio, originando a DBO.
A DBO, assim, é um fator positivo dos ciclos vitais, ainda que seja necessário haver um equilíbrio entre o consumo e a produção de oxigênio no meio. Para que essa relação não seja prejudicada, não pode haver consumo excessivo, ou seja, excesso de alimento em relação ao volume de água, uma vez que as reservas disponíveis de oxigênio na água são limitadas. A manutenção desse equilíbrio repousa, pois, em dois princípios ou providências:

1. A quantidade de alimento (esgoto e outros despejos orgânicos assimiláveis) lançada ao corpo d’água deve ser proporcional à vazão ou ao volume de água, isto é, à disponibilidade de oxigênio dissolvido. Assim sendo, a quantidade de esgotos que produz uma grave poluição se lançada num pequeno rio, extinguindo seu oxigênio, poderá não causar nenhum dano num grande rio. O conceito de poluição é, pois, relativo (ao volume de oxigênio do corpo receptor) e nunca absoluto.
2. Caso a proporcionalidade acima referida não seja possível, é necessário prover o meio aquático de fontes adicionais de oxigênio. Isto se faz:
  • intensificando sua aeração: a turbulência de um rio que possui cachoeiras ou quedas d’água renova muito mais rapidamente o seu oxigênio, a partir do ar atmosférico. Isto pode ser provocado artificialmente, seja no rio ou no próprio esgoto, antes de ser lançado, mediante borbulhamento de ar comprimido ou forte agitação feita por rotores ou escovas rotativas;
  • desenvolvendo condições favoráveis à proliferação e atividade de microorganismos fotossintetizantes tais como as algas microscópicas. Os vegetais clorofilados são fontes primárias de oxigênio na natureza.

Bibliografia: MULLER. A. C., Introdução à Ciência Ambiental; Curitiba – PUC-PR; uso didático. Págs. 67 a 73.

Fonte: Ambiente Brasil
 

quarta-feira, 20 de maio de 2015

O que é Compostagem

Compostagem é um processo biológico de decomposição de materais orgânicos feito por microorganismos. Estes transformam resíduos como folhas, restos de alimentos, estrume, papel e outros num material semelhante ao solo, chamado de composto e que pode ser utilizado como adubo em jardins, hortas, quintais, etc. Todos os resíduos orgânicos se decompõem e a compostagem apenas acelera este processo. Realizando compostagem de resíduos orgânicos, você devolve ao solo nutrientes importantes, para que o ciclo de vida possa continuar. O composto já pronto parece com o solo, de cor marrom escuro, podendo ser quebradiço e cheirar como o chão de uma floresta.
Os microorganismos são os trabalhadores atuantes e que fazem a compostagem acontecer. Eles precisam de ar, água e comida para fazer bem o seu trabalho e é muito importante fornecer a eles a quantidade necessária.

Tipos de compostagem

Compostagem de quintal – Se você tem um quintal com folhas caídas, restos de grama ou mesmo ervas daninhas e restos de alimentos de sua cozinha e outros resíduos orgânicos, você tem tudo para iniciar a sua compostagem.
Vermicompostagem – Se você mora em apartamento e tem abundância de restos de comida e outros resíduos orgânicos, este tipo de compostagem é para você.
o que é compostagem


Ciclo natural – Se você tem um quintal e não quer utilizar a grama cortada ou ervas daninhas arrancadas numa composteira, deixe-os no solo ou sobre a grama para se decompôr naturalmente. É importante compreender que restos de grama não é sujeira, mas alimento para o solo e a grama que está plantada.

Razões para você fazer compostagem
  • Fazendo compostagem dos restos de comida e resíduos de quintal você reduz o envio de resíduos aos aterros sanitários;
  • Você reduzirá significativamente o problema de pragas e uso de pesticidas;
  • A compostagem ajuda o solo a ser mais fértil e saudável, ajudando suas verduras, frutas ou mesmo flores do jardim a serem mais saudáveis e resistentes a pragas e doenças;
  • Adição de materiais orgânicos ao solo melhora a retenção de umidade;
  • Adição de material orgânico decomposto no solo, alimenta os organismos benéficos;
  • O composto altera ambos os solos, arenosos e argilosos;
  • O composto fornece liberação lenta e equilibrada de nutrientes ao solo. Desta maneira as plantas conseguem aproveitar este nutriente por mais tempo;
  • A compostagem economiza dinheiro, sendo desnecessário adquirir fertilizantes químicos;
  • Ao alimentar bem as plantas, elas vão melhorar a sua própria dieta. As plantas cultivadas em solos pobres têm um teor de nutrientes reduzido;
  • A compostagem doméstica é uma ferramenta valiosa na educação das crianças sobre a natureza e o ciclo da vida
Fonte: Cened
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sexta-feira, 15 de maio de 2015

37 Milhões de Abelhas Morrem após o Plantio de Milho Transgênico no Canadá

Dezenas de milhares de abelhas morreram em Ontário desde que o milho transgênico foi plantado há algumas semanas. Um dos produtores locais de mel, Dave Schuit, denunciou ao site ‘Organic Health‘ que somente a sua granja perdeu 600 colmeias, o que equivale a 37 milhões de abelhas.
 
Os criadores de abelhas culpam a morte de suas colônias aos neonicotinoides, especialmente o Imidacloprid e a Clotianidina (ambos da Bayer), que são inseticidas geralmente aplicados tanto em sementes como em tratamentos foliares e que penetram no pólen e no néctar.
 
Enquanto a metade dos países da União Europeia, incluindo a Alemanha, limitam legalmente o uso dos neonicotinóides por preocupações ambientais depois que a Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos definiu os riscos relacionados, nos EUA continuam sendo um dos mais usados.

No passado, muitos cientistas se esforçaram para encontrar a causa exata da enorme mortandade, um fenômeno que eles chamam de “desordem de colapso de colônia” (DCC). Nos Estados Unidos, por sete anos consecutivos, as abelhas estão em declínio terminal.

O colapso na população mundial de abelhas é uma grande ameaça para as culturas. Estima-se que um terço de tudo o que comemos depende da polinização das abelhas, o que significa que as abelhas contribuem com mais de 30 bilhões de dólares para a economia global.

Um novo estudo publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências, revelou que os pesticidas neonicotinoides matam as abelhas por danificar o seu sistema imunitário e as tornam incapazes de combater doenças e bactérias.

Após relatar grandes perdas de abelhas após a exposição ao Imidacloprid, foi proibido o seu uso em plantações de milho e girassol, apesar dos protestos da Bayer. Em outra jogada inteligente, a França também rejeitou a aplicação da Clotianidina pela Bayer, e outros países, como a Itália, também proibiram certos neonicotinoides.

Após o recorde de mortes de abelhas no Reino Unido, a União Europeia proibiu vários pesticidas, incluindo os pesticidas neonicotinóides.

Leia mais: Noticias Naturais

Transgênicos: está provado que estes alimentos causam autismo ou câncer?

A decisão da Câmara Federal, de reformar a rotulagem de produtos alimentícios que contêm organismos geneticamente modificados (OGMs), desagradou a muita gente. Embora a proposta aprovada não elimine a obrigatoriedade da informação sobre a presença de transgênicos, ela a torna menos visível, substituindo o triângulo amarelo com o “T” preto pela frase “contém transgênicos”, e apenas quando houver mais de 1% de material geneticamente modificado no produto.

As reações a essa atenuação do alerta obrigatório são mais do que compreensíveis, e quem se opõe a ela tem bons motivos para criticá-la, com base tanto no direito do consumidor quanto no princípio fundamental da transparência: não faz muito sentido, portanto, que se apele para táticas baseadas na disseminação de mentira, medo e desinformação. Mas que são, exatamente, as que vêm ganhando força nas redes sociais.

Primeiro, o medo: houve quem se desse ao trabalho de ressuscitar as alegações feitas pela pesquisadora americana Stephanie Seneff, uma especialista em Inteligência Artificial (e não em Agricultura, Medicina ou Epidemiologia) do MIT, de que o glifosato – um pesticida normalmente usado em conjunto com variedades transgênicas da companhia Monsanto – tornaria “metade das crianças autistas até 2025”.
O “trabalho” de Seneff se apoia numa correlação entre o aumento no uso de glifosato e do número de casos de autismo registrados nos Estados Unidos, a partir da década de 90. O problema, como qualquer pessoa familiarizada com os truques usados para mentir com estatísticas sabe, é que correlação não corresponde, necessariamente, a causação.

Como nota o blog Respecful Insolence, do oncologista David Gorski, outras coisas que também cresceram nos anos 90 foram o consumo de vegetais orgânicos, o uso da internet e a disseminação de telefones celulares. Será que a internet causa autismo? Que o glifosato estimula a venda de celulares? Que os orgânicos aumentam a vontade de acessar a internet? Gorski montou um gráfico “mostrando” que são os orgânicos que causam autismo, e que é tão impressionante – e válido – quanto o de Seneff.  De fato, um estudo recente publicado no British Medical Journal indica que o aumento registrado nos casos de autismo foi um efeito da mudança dos critérios de diagnóstico e da conscientização sobre o distúrbio, e não de uma elevação real do número de crianças autistas.

É verdade, no entanto, que a Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC) decidiu incluir o glifosato em sua Lista 2A, de “prováveis causadores de câncer em seres humanos”. Os detalhes da decisão ainda não foram divulgados, mas é bom lembrar que essa categoria está abaixo da Lista 1 – dos cancerígenos confirmados, como o tabaco – e que a Lista 2A inclui ainda fatores de risco como fumaça de fritura e chá mate quente.

Agora, a mentira: voltou-se a afirmar que existe estudo “comprovando” que transgênicos causam câncer em animais. O trabalho em questão, já desacreditado, é da equipe do pesquisador francês Gilles-Eric Séralini. Entre outras falhas, Séralini usou em seu experimento uma espécie de rato que já tem predisposição para desenvolver câncer – em outras palavras, os bichos provavelmente teriam ficado doentes de qualquer jeito, não importa que comida os cientistas lhes dessem.

E quem traz à tona esse trabalho francês, há mais de um ano repudiado e relegado à lata de lixo da literatura científica pelo mesmo periódico que o publicou originalmente – algum tempo depois, Séralini conseguiu convencer uma segunda revista a dar guarida a seu artigo, mas a comunidade científica continuou muito pouco impressionada – , costuma deixar de mencionar, por ignorância ou má-fé, o resultado publicado recentemente no periódico Journal of Animal Science, que comparou os registros sobre saúde do gado e dos frangos criados nos EUA antes e depois da introdução dos OGMs na ração animal – que hoje é quase 90% transgênica nos Estados Unidos –, e não encontrou nenhuma diferença relevante.

Somados, medo e mentira geram o último item de nossa lista, desinformação, que distorce a percepção de risco, enviesando o debate e as políticas públicas: o uso descontrolado de pesticidas e agrotóxicos, por exemplo, é uma ameaça ao meio ambiente e à saúde humana – mas muito para a saúde dos trabalhadores encarregados de aplicá-los e de suas famílias, e muitíssimo menos para a do consumidor final. A preocupação desproporcional com o agrotóxico que “chega à mesa” mascara o problema maior, assim como o medo infundado de OGMs se sobrepõe a questões realmente graves envolvendo o modelo econômico e o impacto ambiental (independente do copyright do DNA da planta) do agronegócio.

Gente “bem intencionada” que usa esses espantalhos com o pretexto de chamar atenção para os verdadeiros problemas presta um desserviço, ao minar a credibilidade do debate. Não importa quanta atenção seu argumento inicial vá chamar: se ele for demonstravelmente falso, fica muito fácil para o outro lado desacreditar, aos olhos da opinião pública e dos políticos, qualquer ponto válido que você venha a ter.

Fonte: Revista Galileu

Glifosato causará autismo em 50% das crianças até 2025, afirma cientista do MIT

A pesquisadora Stephanie Seneff tem publicado artigos acadêmicos há cerca de 30 anos, sendo que nos últimos ela vem se concentrando na relação entre nutrição e saúde. No final do ano passado, durante uma conferência, surpreendeu a todos os presentes afirmando que “no ritmo atual, até 2025, uma em cada duas crianças será autista”.
A afirmação tem como base suas recentes pesquisas em doenças cardiovasculares, Alzheimer e autismo. Ela estuda o impacto das deficiências nutricionais e toxinas ambientais na saúde humana. Stephanie observou que os efeitos colaterais de toxicidade do glifosato são muito semelhantes aos do autismo. Além disso, ela fez uma relação entre o uso de Roundup (nome comercial de um herbicida a base de glifosato) em plantações com o aumento das taxas de autismo.
A produção do herbicida Roundup, comercializado pela Monsanto, é, há muito tempo, causa de protestos de ambientalistas. Além dos danos ambientais, já há diversas pesquisas que relacionam o uso de glifosato a doenças nos seres humanos. A Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer (AIPC), por exemplo, publicou um relatório confirmando que o uso deste agrotóxico é potencialmente causador de câncer, além de causar alterações na estrutura do DNA e nas estruturas cromossômicas.
O peso das palavras de Stephanie também é grande. A cientista de pesquisa sênior na Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) tem uma página na internet com seus trabalhos que relacionam o glifosato ao autismo, que pode ser conferida aqui.

Fonte: Ciclovivo

quinta-feira, 14 de maio de 2015