quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

O império do lixo

O roubo do lixo já tornou-se inevitável. A ação irregular de atravessadores em caminhões que atuam em via pública afeta a própria coleta seletiva do DMLU e de cerca de 6 mil carroceiros e carrinheiros que coletam na Região Metropolitana. Das 60 toneladas/dia destinadas para triagem, mantendo 700 catadores cadastrados, boa parte já não chega em seu destino final, provocando ociosidade. Uma equação social, ambiental e de trânsito aguardam uma solução definitiva.

Por Rodrigo Vizzotto


o início da manhã e final da tarde, a cena se repete em Porto Alegre: carroceiros em meio ao trânsito despontam por todos os lados e peregrinam pelas ruas abarrotados por sacos de lixo, na luta pela sobrevivência. Indiferença, comoção, irritação e todo tipo de sensação são manifestados sob olhares incrédulos de motoristas. A cena cotidiana insurge quase como corriqueira, se não ganhasse contornos mais inusitados: a atuação de caminhões clandestinos recolhendo o lixo reciclável das ruas.

O “filé” do resíduo doméstico separado para a coleta seletiva acaba nas mãos dos denominados “piratas do lixo”, ocasionando prejuízos para os cerca de 700 catadores – cadastrados pelo Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) – que sobrevivem da separação nas 14 Unidades de Triagem. Cada trabalhador recebe o equivalente a R$ 450 por mês. O problema é que, pela ação dos piratas, muitas vezes as unidades ficam ociosas por falta de material para reciclar.

A ação irregular afeta a própria coleta de cerca de 6 mil carroceiros e carrinheiros que atuam na Região Metropolitana. Além disso, provoca a queda de preço do quilo do material reciclado, devido à grande oferta. Os estragos provocados pela pirataria do lixo atingem ainda o meio ambiente, com o descarte inadequado do material que não é aproveitado pelos atravessadores. Esse lixo rejeitado costuma ser jogado em locais públicos ou mesmo em áreas não-degradadas, gerando a proliferação de doenças e poluição ambiental. No ano passado, o serviço de fiscalização do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), órgão que detém a competência para coleta e destinação do lixo, aplicou nada menos que mil autuações por ocorrências diversas, sendo 12 notificações para infratores que recolheram material reciclado em veículos de grande porte.

Atravessadores comprometem a reciclagem

A suspeita de que são os atravessadores quem mais lucram com o negócio do lixo não é de hoje. Para o articulador do Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR-RS), Alexandro Cardoso, a coleta seletiva com caminhão sem subsídio é inviável economicamente, pois os custos são maiores que o lucro. “Os custos da coleta seletiva em Porto Alegre não são públicos, mas avalio uma média de R$ 300 por tonelada. Assim, os caminhões recolhem para grandes geradores, mediante acerto prévio”, alerta. Segundo Cardoso, isso compromete cada vez mais a coleta. “Esta parte dificulta muito a subsistência dos catadores das Unidades de Triagem, e, mais ainda, os catadores que coletam nas ruas, tendo em vista que os grandes geradores vendem seus materiais e não os doam para os catadores organizados”, avalia.

A conseqüência é a queda no volume de material para reciclo nos centros de triagem, agravada, segundo Cardoso, com a mistura de materiais não-recicláveis. “Na hora de meter a mão no lixo, aquilo que a sociedade joga fora, na hora do trabalho sujo, somos nós que fazemos. É isso que sobra para nós. Temos que lembrar qual o futuro que queremos para os nossos filhos e netos a partir daqui”, desabafa.

O atravessador que retira o rejeito antecipadamente acaba por interferir no valor do preço praticado no mercado de recicláveis. Para o coordenador da Associação dos Catadores do Movimento dos Direitos dos Moradores de Rua (ATMDMR), Ivani Cláudio Muller, além deste problema, o material nobre descartado na coleta seletiva acaba parando na mão dos clandestinos. “No caso de PPs, o que levava três dias para completar um fardo, hoje demora dez dias”, aponta.

Destinação incerta e atuação particular
sem licenciamento


É mexendo com o lixo que aparece a sujeira. Esta frase encaixa-se como luva quando as ramificações do mercado paralelo se estabelecem de forma mais agressiva neste negócio lucrativo. A voracidade do mercado clandestino chega à beira da criminalidade, e estimula o furto de fios de cobre da rede de iluminação pública e a conseqüente depredação de monumentos que contenham ferro.

Na outra ponta, mais um agravante que retarda a plena regulamentação da coleta seletiva é a retenção dos resíduos sólidos por parte de condomínios e empresas que classificam a particulares sem licença ou cadastro no DMLU. O destino da eventual sobra da separação, ninguém sabe. O mesmo ocorre para utilitários que retiram restos de comidas de restaurantes.

Na região central da capital gaúcha, dentre os 11 bairros em que ocorre a coleta seletiva, a atuação dos clandestinos do lixo é mais acirrada no horário que antecede o recolhimento, já que o material descartado tem maior valor agregado – papel branco, papelão, alumínio – provenientes de escritórios, depósitos e estabelecimentos comerciais. Por conseqüência, não é difícil encontrar caminhões particulares, normalmente com placas de outros estados para dificultar a identificação e aplicação de multas, que transitam nas ruas e avenidas em busca do lixo.


 De cada quilo coletado, 700 gramas são reaproveitados
O status de pioneirismo na gestão e coleta seletiva de Porto Alegre deverá ficar comprometido diante da problemática do atravessador do lixo. Mesmo com a ampliação do recolhimento seletivo para duas vezes por semana nos bairros, no segundo semestre, a tendência também é de aumento na atuação dos intermediários. Neste sentido, as ações do DMLU intensificam-se sobre os veículos de maior porte, através de denúncias.

Em âmbito geral, das cerca de 1,2 mil toneladas de resíduos domésticos e públicos produzidos diariamente em Porto Alegre – que sãoconduzidos por 113 quilômetros até o aterro de Minas do Leão, na Região Carbonífera, para serem depositados em cavidades com expectativa de atividade até 2040 – o equivalente a 60 toneladas/dia são recolhidas pela coleta seletiva por 29 caminhões “boiadeiros” do DMLU. No fim do ano, este volume salta para 100 toneladas, com aumento de 67%. O edital de licitação para terceirização da coleta seletiva já está tramitando na Prefeitura.

Segundo o diretor da Divisão de Projetos Sociais e de Reaproveitamento e Reciclagem do DMLU, Jairo Armando dos Santos, a estimativa de produção de lixo per capita é de um quilo por habitante. Para se ter uma idéia dessa produção, basta lembrar que Porto Alegre tem 1,41milhões de habitantes, conforme dados de 2004 do IBGE. De cada quilo de lixo produzido, 700 gramas são reaproveitáveis, o que aguça a atuação de terceiros.

O diretor informa que muitos carrinheiros são ligados a galpões clandestinos, localizados na região periférica da capital, que compram de forma irregular o lixo selecionado e trabalham sem alvará de funcionamento. Assim mesmo, a fiscalização sobre carroceiros ocorre de forma mais branda em razão da questão social, com orientação de evitar descarte no passeio público. “Não podemos excluir esta classe do processo, pelo contrário, queremos incluí-los nos projetos sociais existentes nas Unidades de Triagem”, diz Santos. Duas vezes por mês são realizadas blitze pelo DMLU, de acordo com Termo de Ajustamento de Conduta firmado com o Ministério Público, para coibir excessos, como a condução de carroças por crianças, por exemplo.

Mercadores de resíduos escravizam catadores

Os maus-tratos aos cavalos, o tráfego de carroças nas vias públicas e a questão de famílias de baixa renda que sobrevivem do lixo predominam nas discussões da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. Porém, o atravessador na coleta do lixo começa a prevalecer como nova preocupação. Conforme o presidente da Comissão Especial dos Carroceiros, vereador Adeli Sell (PT), o intermediário privado é quem acaba ganhando a parcela mais importante no lixo seletivo. “Deveríamos recolher 400 toneladas-dia, mas estamos coletando via DMLU apenas 60 toneladas. Os galpões têm pouco resíduo, de péssima qualidade, porque o ‘lixo bom’ fica com o empreendedor privado, que escraviza o carroceiro e carrinheiro”, aponta.

Autor do Projeto de Lei para a conteinerização do lixo, Sell também defende a criação de oportunidades de emprego para as famílias que vivem da coleta de lixo. “Não cabe, em pleno século 21, termos pessoas catando lixo nas ruas, rasgando sacos para ver o que há dentro, espalhando sujeira pela cidade, quando a coleta deve ser pública, função esta do DMLU”, dispara. O vereador aponta uma brutal defasagem na coleta seletiva, com caminhões velhos e inadequados, problemas nos horários de coleta e a conseqüente perda de espaço para os carrinheiros, carroceiros e atravessadores. “A cidade está tomada de legiões de coletores de resíduos sólidos, portanto, parcelas de excluídos sociais, que deveriam ser reintegrados na atividade produtiva, através de reciclagem de mão-de-obra”, explica.

Promotoria de olho na ação dos "piratas"

Grande parte da coleta seletiva é desviada através dos carroceiros e carrinheiros, mas, ao lado destes, hoje se vê outros intermediários, de maior porte. Enquanto as unidades de reciclagem recebem quantidades cada vez menores de matéria-prima, os atravessadores ganham pelo maior volume retirado das ruas. A promotora de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, Sandra Santos Segura, aponta que os atravessadores estão seguidamente em pauta nos diversos expedientes em tramitação. E este número é crescente. “Existem veículos e ônibus reformados trabalhando na coleta irregular de lixo seco pelo seu atrativo valor comercial”, avalia.

Do mesmo modo, diversos inquéritos são instaurados a partir de relatórios de ocorrências que chegam à Promotoria quando depósitos clandestinos são detectados. De forma ilegal, estes estabelecimentos contratam intermediários ou adquirem o material dos atravessadores. “É ali que se alimenta este comércio irregular”, aponta.

Alguns casos são tipificados no artigo 60 do Código Penal como crime ambiental – pela instalação e desenvolvimento de uma atividade potencialmente poluidora desprovida de licença ambiental. “Este recolhimento irregular acaba prejudicando todo o sistema integrado da coleta seletiva, desde a separação do lixo em domicílios até a sua destinação para as unidades de reciclagem, que garantem o ganha-pão de famílias que trabalham de forma organizada”. A promotora antecipa que, de uma maneira ou outra, não haverá unanimidade entre as pessoas que trabalham na clandestinidade em aceitar as condições de regularização da coleta e nem mesmo o poder público municipal terá condições de absorver toda esta mão-de-obra.

 Carroceiros, morcegões e barões do lixo
O comércio de lixo passa pela mão de muita gente e da informalidade, e acaba sendo um negócio lucrativo. E Porto Alegre não detém exclusividade sobre o comércio paralelo de reciclados. Em proporções maiores, São Paulo – que contabiliza 45 mil catadores e mais de 150 cooperativas – já enfrenta os barões do lixo há mais tempo. A exemplo de camelôs e perueiros, os atravessadores tomaram conta do negócio em concorrência desfavorável aos carroceiros a partir da atuação dos chamados “morcegões”, caminhões velhos pertencentes a empresas irregulares, que trabalham para grandes geradores de sucata reciclável. De acordo com o Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), uma associação sem fins lucrativos mantida por empresas privadas de diversos setores, a cada R$ 4 gerados na reciclagem de lixo, apenas R$ 1 fica com os catadores. O restante vai para os atravessadores. Em alguns casos, os catadores são obrigados a pagar pedágio para a máfia do lixo, que recebe o excedente coletado – pelo qual pagam o preço mínimo – e o repassam para as indústrias recicladoras. A ação isolada da maioria dos catadores não atende às exigências das indústrias, como triturar, prensar e enfardar, além da apresentação de nota fiscal. Dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe) mostram que a capital paulista desperdiça em média 3,3 milhões de toneladas de lixo domiciliar. Cálculos preliminares indicam que São Paulo poderia economizar US$ 1,2 bilhão por ano se reciclasse de forma organizada seus resíduos sólidos. Resultado: os catadores e suas carroças estão sendo expulsos das ruas. Em Porto Alegre, um projeto do vereador Sebastião Melo (PMDB) propõe a redução gradativa do número de carroças até a proibição definitiva da circulação de veículos com tração animal na capital em oito anos. “Os carroceiros sempre foram esquecidos, agora estão sendo lembrados porque a matéria-prima com que trabalham está muito valorizada”, protesta Teófilo Motta, da Associação dos Carroceiros da Grande Porto Alegre.

PASSIVO AMBIENTAL – O aumento de atravessadores no recolhimento de lixo reaproveitável poderá levar ao esgotamento e desequilíbrio no ciclo de reciclagem e excluir pequenos catadores. Na análise do contador ambiental e professor da UPF, Carlos Alexandre Gehm da Costa, as cooperativas de catadores poderão ficar desinteressadas na organização formal, porque o mercado está sendo desvalorizado por piratas. Ele acrescenta que a regulamentação e a legalização do trabalho do catador reduzirá o impacto da violência e os danos ao meio ambiente. “O passivo ambiental vai estourar lá na frente através da calamidade social ou esgotamento dos aterros”, alerta. Em seu relatório anual, a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) classifica como crítico o cenário: das 170 mil toneladas diárias de resíduos sólidos urbanos gerados no país, pouco mais de 140 mil toneladas são coletadas, das quais 60% não têm destino final adequado. 
 

O que é lixo?













A palavra lixo é derivada do termo em latim lix que significa a) "cinzas"    de uma época em que a maior parte dos resíduos de cozinha era formada por cinzas e restos de lenha carbonizada dos fornos e fogões; e também b) lixare (polir, desbastar) onde lixo seria então a sujeira, os restos, o supérfluo que a lixa arranca dos materiais.  No dicionário, ela é definida como sujeira, imundice, coisa ou coisas inúteis, velhas, sem valor. Lixo, na linguagem técnica, é sinônimo de resíduos sólidos e é representado por materiais descartados pelas atividades humanas. Desde os tempos mais remotos até meados do século XVIII, quando surgiram as primeiras indústrias na Europa, o lixo era produzido em pequena quantidade e constituído essencialmente de sobras de alimentos.

A partir da Revolução Industrial, as fábricas começaram a produzir objetos de consumo em larga escala e a introduzir novas embalagens no mercado, aumentando consideravelmente o volume e a diversidade de resíduos gerados nas áreas urbanas. O homem passou a viver então a era dos descartáveis em que a maior parte dos produtos — desde guardanapos de papel e latas de refrigerante, até computadores — são inutilizados e jogados fora com enorme rapidez.


Ao mesmo tempo, o crescimento acelerado das metrópoles fez com que as áreas disponíveis para colocar o lixo se tornassem escassas. A sujeira acumulada no ambiente aumentou a poluição do solo, das águas e piorou as condições de saúde das populações em todo o mundo, especialmente nas regiões menos desenvolvidas. Até hoje, no Brasil, a maior parte dos resíduos recolhidos nos centros urbanos é simplesmente jogada sem qualquer cuidado em depósitos existentes nas periferias das cidades.

A partir da Revolução Industrial, as fábricas começaram a produzir objetos de consumo em larga escala e a introduzir novas embalagens no mercado, aumentando consideravelmente o volume e a diversidade de resíduos gerados nas áreas urbanas. O homem passou a viver então a era dos descartáveis em que a maior parte dos produtos — desde guardanapos de papel e latas de refrigerante, até computadores — são inutilizados e jogados fora com enorme rapidez.
Ao mesmo tempo, o crescimento acelerado das metrópoles fez com que as áreas disponíveis para colocar o lixo se tornassem escassas. A sujeira acumulada no ambiente aumentou a poluição do solo, das águas e piorou as condições de saúde das populações em todo o mundo, especialmente nas regiões menos desenvolvidas. Até hoje, no Brasil, a maior parte dos resíduos recolhidos nos centros urbanos é simplesmente jogada sem qualquer cuidado em depósitos existentes nas periferias das cidades.

A questão é: o que fazer com tanto lixo?
Felizmente, o homem tem a seu favor várias soluções para dispor de forma correta, sem acarretar prejuízos ao ambiente e à saúde pública. O ideal, no entanto, seria que todos nós evitássemos o acúmulo de detritos, diminuindo o desperdício de materiais e o consumo excessivo de embalagens.

Nos últimos anos, nota-se uma tendência mundial em reaproveitar cada vez mais os produtos jogados no lixo para fabricação de novos objetos, através dos processos de reciclagem, o que representa economia de matéria prima e de energia fornecidas pela natureza. Assim, o conceito de lixo tende a ser modificado, podendo ser entendido como "coisas que podem ser úteis e aproveitáveis pelo homem".

Do livro "Lixo - De onde vem? Para onde vai?" de Francisco Luiz Rodrigues e Vilma Maria Gravinatto - Ed. Moderna

Para determinar a melhor tecnologia para tratamento, aproveitamento ou destinação final do lixo é necessário conhecer a sua classificação.

Lixo urbano
Formado por resíduos sólidos em áreas urbana, inclua-se aos resíduos domésticos, os efluentes industriais domiciliares (pequenas industria de fundo de quintal) e resíduos comerciais.

Lixo domiciliar

Formado pelos resíduos sólidos de atividades residenciais, contém muita quantidade de matéria orgânica, plástico, lata, vidro.

Lixo comercial
Formado pelos resíduos sólidos das áreas comerciais Composto por matéria orgânica, papéis, plástico de vários grupos.

Lixo público

Formado por resíduos sólidos produto de limpeza pública (areia, papéis, folhagem, poda de árvores).

Lixo especial
Formado por resíduos geralmente industriais, merece tratamento, manipulação e transporte especial, são eles, pilhas, baterias, embalagens de agrotóxicos, embalagens de combustíveis, de remédios ou venenos.

Lixo industrial
Nem todos os resíduos produzidos por industria, podem ser designados como lixo industrial. Algumas industrias do meio urbano produzem resíduos semelhantes ao doméstico, exemplo disto são as padarias; os demais poderão ser enquadrados em lixo especial e ter o mesmo destino.

Lixo de serviço de saúde (RSSS)

Os serviços hospitalares, ambulatorias, farmácias, são geradores dos mais variados tipos de resíduos sépticos, resultados de curativos, aplicação de medicamentos que em contato com o meio ambiente ou misturado ao lixo doméstico poderão ser patógenos ou vetores de doenças, devem ser destinados a incineração.

Lixo radioativo

Produto resultante da queima do combustível nuclear, composto de urânio enrriquecido com isótopo atômico 235. A elevada radioatividade constitui um grave perigo à saúde da população , por isso deve ser enterrado em local próprio, inacessível.

Lixo espacial

Restos provenientes dos objetos lançados pelo homem no espaço, que circulam ao redor da Terra com a velocidade de cerca de 28 mil quilômetros por hora. São estágios completos de foguetes, satélites desativados, tanques de combustível e fragmentos de aparelhos que explodiram normalmente por acidente ou foram destruídos pela ação das armas anti-satélites.

Fontes:
Ecologia de A a Z - Pequeno dicionário de Ecologia - Ed LP&M de Delza de Freitas Menin



Veja mais em: Lixo

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Inimiga nº1 dos transgênicos, física indiana denuncia ditadura da indústria alimentícia

Considerada a inimiga número um da indústria de transgênicos, a física e ativista indiana Vandana Shiva afirma que há uma ditadura do alimento, onde poucas e grandes corporações controlam toda a cadeia produtiva. E dá nome aos bois: Nestlé, Cargil, Monsanto, Pepsico e Walmart.
"Essas empresas querem se apropriar da alimentação humana e da evolução das sementes, que são um patrimônio da humanidade e resultado de milhões de anos de evolução das espécies", diz.
Crítica feroz à biopirataria, Shiva ressalta que a única maneira de combater o controle sobre a alimentação é o ativismo individual na hora de consumir produtos mais saudáveis e de melhor qualidade.
Leia os principais trechos da exclusiva à Folha durante o 3º Encontro Internacional de Agroecologia, em Botucatu.


É possível alimentar o planeta sem usar transgênicos?
O único modo de alimentar o mundo é livrando-se das sementes transgênicas. Essas sementes não produzem alimentos, mas produtos industrializados. Como isso poderia ser a solução para fome? Só estão criando mais controle sobre as sementes. Desde 1995, quando as corporações obtiveram o direito de controlar as sementes, 284 mil fazendeiros cometeram suicídio na Índia. Nós perdemos 15 milhões de agricultores por causa de um design de produção agrária criado para acabar com a agricultura familiar.
Como mudar a alimentação do modelo agroindustrial para outro baseado na produção familiar e na distribuição local?
As pequenas fazendas produzem 80% dos alimentos comidos no mundo. As indústrias produzem commodities. Apenas 10% dos grãos de milho e soja são comidos por pessoas; o resto é 'comido' pelos carros, como biocombustíveis, e por animais. É possível elevar esses 80% para 100% protegendo a biodiversidade, a terra, os fazendeiros e a saúde pública. É apenas por meio da agroecologia que a produtividade agrícola pode aumentar.
Como as grandes corporações dominam a cadeia mundial de alimentos?
Se você olha para as quatro faces que determinam nossa comida, são todas controladas por grandes corporações. As sementes são controladas pela Monsanto por meio dos transgênicos; o comércio internacional é controlado por cinco empresas gigantes; o processamento é controlado por outras cinco, como a Nestlé e a PepsiCo; e o varejo está nas mãos de gigantes como o Walmart, que gosta de tirar o varejo dos pequenos comércios comunitários e com conexões muito diretas entre os produtores de comida e os consumidores. São correntes longas e invisíveis, onde 50% dos alimentos são perdidos.
Temos sim uma ditadura do alimento. A razão que eu viajei todo esse caminho até o Brasil é porque eu sou totalmente a favor da liberdade alimentícia, porque uma ditadura do alimento não é só uma ditadura. É o fim da vida.
Como as corporações chegaram a esse domínio?
Infelizmente, o chamado livre comércio trouxe a liberdade para as corporações, mas não para as pessoas. As corporações estão escrevendo as regras e se tornando os governantes.
Os direitos intelectuais acordados entre as organizações mundiais foram escritos pela Monsanto. Para eles, o problema era que os fazendeiros estavam guardando as sementes. E a solução que ofereceram foi dizer que guardar as sementes agora é um crime de propriedade intelectual. É isso o que dizem as regras da OMC. A Índia, o Brasil, a América Latina e a África deveriam dizer: 'Você não pode patentear a vida porque a vida não foi inventada. Pare com a biopirataria'.
Até agora, a revisão dessas regras não foi permitida, o que mostra que essas corporações ditam as regras. E não é apenas na OMC. A Monsanto escreveu o ato de proteção para o orçamento nos EUA. O vice-presidente da Cargill foi designado para escrever a lei de comércio e agricultura dos EUA.
É possível modificar esse cenário?
A única maneira de reverter essa situação é cada pessoa fazer seu papel de recuperar a liberdade e a democracia do alimento. Afinal, cada um de nós come duas ou três vezes ao dia. E o que nós comemos decide quem somos, se nosso cérebro está funcionando corretamente, ou nosso metabolismo está saudável ou, se por conta de micronutrientes, estamos nos tornando obesos. Isso afeta todo mundo: os mais pobres porque lhes foi negado o direito à comida; mas até os que podem comer porque não estão comendo comida. Chamo isso de anticomida, porque a comida deveria nos nutrir. A comida mortal que as corporações estão trazendo para nós destrói a capacidade da comida de nos nutrir e no lugar disso está nos causando doenças.
Cada um de nós deve se tornar um forte ativista da liberdade da comida e das sementes no nosso dia a dia. O que significa que temos que apoiar mais os fazendeiros e a agroecologia. Devemos ser comprometidos com a alimentação saudável.
Qual a importância do Brasil nesse jogo?
O Brasil tem um papel muito importante. De um lado, está uma agricultura altamente destrutiva e irresponsável, mantida pelas corporações, levando transgênicos, produtos químicos e piorando a fome. Do outro lado, está o modelo agroecológico, caracterizado pela diversidade, conhecimento popular, o melhor da ciência, e levando efetivamente comida às pessoas. Essa disputa está ocorrendo justamente aqui, no Brasil.
Provavelmente, o Brasil tem a maior proporção de diversidade de alimentos em sua agricultura. No entanto, a maior parte não é usada para a alimentação humana. Por exemplo, as plantações de cana-de-açúcar e soja vão para a alimentação de animais e para fabricação de combustíveis.
O Brasil é parte do que eles chamam de Brics. Eu não gosto de 'tijolos'. Eu prefiro plantas. Mas é um forte jogador na cena global, e os jogadores vão decidir como os outros jogam.
Qual o papel da sociedade urbana em relação à agricultura familiar?
É muito feliz. Não porque eu acredito que as áreas urbanas têm mais riqueza e mais poder, mas porque, por terem mais riqueza, têm mais responsabilidade. E porque eles controlam a tomada de decisões, tanto em termos de governamentais como a sua própria atitude em termos de consumo. Se eles mudassem sua postura de consumo para longe das corporações, comprando, sim, alimentos dos pequenos produtores, eles ajudariam não apenas o agricultor familiar, mas também ajudariam a Terra e seus próprios corpos.
Recentemente o presidente da Nestlé afirmou que é necessário privatizar o fornecimento da água. Quais as consequências desse processo?
Tudo que é essencial à vida desde o começo da história, em todas as culturas, tem sido reconhecido como pertencente à sociedade. E isso inclui a semente, porque a semente é a base da comida, inclui a água porque água é vida. E são esses recursos que essas corporações gigantes querem enclausurar. Essas são as novas inclusões comerciais. Assim como na Inglaterra, eles enclausuraram a terra, e a tiraram dos camponeses para terem a revolução industrial.
Hoje, as corporações gigantes estão assumindo os bens comuns que são as sementes, a biodiversidade, a água. Quando a Nestlé diz que é necessário privatizar a água, eles estão, obviamente, pensando na necessidade de aumentar os lucros deles. Eles não estão pensando na necessidade dos aquíferos de serem sustentados e recarregados, porque corporações somente podem construir uma economia extrativa. Se eles privatizam a água, eles vão somente tirar a água para eles, o que significa que as comunidades locais são deixadas sem água. Então é um assalto.
As Nações Unidas têm de reconhecer que o direito à água é um direito humano. A Coca-Cola agora quer entrar no meu vale, um vale lindo no Himalaia, chamado Dune Valey. Em maio nós iniciamos uma campanha porque a privatização da água por essas empresas de engarrafamento significa, primeiro, que o direito universal à água é destruído. O aquífero, que pertence a todos, está agora engarrafado numa garrafa de 10 rupis que pode é acessível só aos ricos. Os pobres bebem apenas água contaminada.
A segunda coisa é que ela destrói água, e eu não sei por quanto tempo essa mineração poderá aguentar. A terceira é que ela polui. Sobram poucas fontes de águas puras, e, se eles realmente se importassem, deveriam limpar o pouco que sobra, ao invés de roubar o que resta limpo. Isto é roubo de água e, portanto, um crime contra a humanidade.
Essa dependência da Coca-Cola é um dos vícios da vida moderna. Nós temos muito mais bebidas saudáveis.
Na Índia, começamos uma campanha para as avós ensinassem aos seus netos as bebidas geladas que elas costumavam fazer. Somos um país tropical, sabemos como transformar qualquer fruta em uma bebida saborosa: um suco de manga crua, que é ótimo para prevenir insolação, uma mistura maravilhosa de sete grãos, que é como uma refeição completa e, se tomada no café da manhã, você não precisa de mais nada. As bebidas venenosas que são vendidas pela Nestlé e pela Coca-Cola roubam o nosso dinheiro, a nossa água e a nossa cultura.
Qual é a forma alternativa à globalização?
Originalmente, o livre comércio deveria reconhecer a liberdade de todas as espécies e por isso não destruiria nenhuma espécie nem ecossistema. Originalmente, o livre comércio reconheceria os direitos dos camponeses e dos povos indígenas e, por isso, não iria cortar as raízes. Reconheceria também os direitos dos pequenos agricultores familiares e iria cuidar para que existam preços justos, ao invés de tentar debilitar o preço por meio de dumping e jogando fora os produtos.
Um verdadeiro livre comércio seria a liberdade para as pessoas e não a liberdade para as corporações. O que nós temos agora é uma corporatização global com uma negligência total, uma destruição negligente e desatenta. O que precisamos é uma consciência livre que esteja profundamente ciente de nossa interconexão com outras espécies, outras culturas e com toda a humanidade. Temos que ser conscientes do dano que fazemos aos outros. Dessa forma, não vamos incrementar o tamanho de nossa pisada ecológica, mas vamos a reduzi-la.
E, na alimentação, a única forma em que você pode reduzir sua pisada é de mudar de agroindústria para agroecologia, mudar da distribuição global para distribuição local, mudar de um sistema violento, que depende do governo corporativo, para um sistema pacífico, que depende da comunidade e da solidariedade. No momento em que mudamos para isso, a pisada se reduz. Podemos ir do industrial e global para ecológico e local.
Como acelerar o processo de alinhamento entre os vários movimentos para um estilo de vida mais sustentável?
Agroecologistas, camponeses e agricultores familiares são, na minha opinião, os maiores, protetores do planeta. É o momento de os movimentos ecológicos perceberem que os verdadeiros ambientalistas são os agricultores, que realmente reconstroem o solo, que fazem o cultivo de uma forma que os besouros não sejam mortos, que protegem a água.
E o movimento pela saúde tem que perceber que os agricultores são os médicos, que fazer crescer comida saudável é a melhor contribuição que podemos fazer. No momento em que fazemos essas conexões, existe uma nova vida, porque a vida cresce por meio de inter-relações.

Fonte: Folha

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Bolívia cria lei da Mãe Terra

A Bolívia aprovou a primeira legislação mundial dando à natureza direitos iguais aos dos humanos. A Lei da Mãe Terra, que conta com apoio de políticos e grupos sociais, é uma enorme redefinição de direitos. Ela qualifica os ricos depósitos minerais do país como "bênção", e espera-se que promova uma mudança importante na conservação e em medidas sociais para a redução da poluição e controlo da indústria, num país que tem sido há anos destruído por conta de seus recursos.

A Lei da Mãe Terra establece 11 direitos para a natureza, incluindo o direito à vida, o direito da continuação de ciclos e processos vitais livres de alteração humana, o direito a água e ar limpos, o direito ao equilíbrio, e o direito de não ter estruturas celulares modificadas ou alteradas geneticamente. Ela também vai assegurar o direito de o país "não ser afetado por megaestruturas e projetos de desenvolvimento que afetem o equilíbrio de ecossistemas e as comunidades locais".



Veja mais em:



Notícia: http://planetasustentavel.abril.com.br/blog/planeta-urgente/bolivia-cria-lei-mae-terra-287125/

http://www.aljazeera.com/news/americas/2013/01/201313135048554958.html

http://www.guardian.co.uk/environment/2011/apr/10/bolivia-enshrines-natural-worlds-rights

Artigos da Lei: http://pt.scribd.com/doc/44900268/Ley-de-Derechos-de-la-Madre-Tierra-Estado-Plurinacional-de-Bolivia

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Acordo vai permitir retomada de extração de areia

Depois de uma longa reunião na tarde desta sexta-feira na Vara Ambiental de Porto Alegre, na Justiça Federal, mineradores de areia e reguladores da atividade entraram em acordo para que seja autorizada a retomada da extração do Rio Jacuí. A negociação foi feita entre Ministério Público Federal (MPF), empresas e governo do Estado.
Cerca de 100 dragas serão vistoriadas. Após receber a renovação da licença e conforme forem liberadas, podem voltar aos trabalhos. A inspeção de todos os equipamentos deve durar cerca de 30 dias. Representante do governo na reunião, a secretária adjunta da Casa Civil, Mari Perusso, comemorou a decisão judicial.
— Para o Estado é importante, pois vinhamos falando das questões de voltar a extração preservando o meio ambiente. O governo também vai acompanhar de perto — afirmou a secretária adjunta.
Suspensa há dois meses por determinação do Ministério Público, a extração de areia terá regras mais rígidas nesta nova fase. Uma das condições é o aumento da distância das margens para a retirada de areia. A juíza substituta da Vara Ambiental de Porto Alegre, Clarides Rahmeier, promete acompanhar o cronograma de zoneamento.
— É um compromisso da justiça acompanhar de perto o cumprimento do que foi acordado. Nós vamos para um novo padrão de cuidado a partir desta decisão — garante a juíza.
Participaram representantes da Procuradoria-Geral do Estado, Casa Civil, Ministério Público Federal, Sindicato dos Depósitos, Distribuidores e Comércio de Areia (Sindareia), Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Marítimos e Fluviais (Sinflumar RS), Somar Sociedade Mineradora Ltda, Aro Mineração Ltda e a Associação de Pesquisas e Técnicas Ambientais (Apta). Os trabalhadores temiam que a falta de trabalho gerasse demissões no setor.
Principais pontos
— Ampliação da margem mínima protegida no Rio Jacuí, de 50 metros para 60 metros. A profundidade máxima de extração será de 10 metros.
— Contratação de 60 técnicos pela Fepam para fiscalização e zoneamento ambiental. Até abril deve ser homologado concurso público para novos servidores no órgão.
— Realização, por parte do governo estadual, de cercamento eletrônico das áreas do Rio Jacuí nas quais será possível extrair areia. Por meio de sistema GPS, diversas torres poderão monitorar se a draga opera dentro da área permitida. Site da Fepam mostrará em tempo real, no prazo de 30 dias, a localização das dragas que estiverem em operação.

Fonte: Zero Hora

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Dia Mundial do Meio Ambiente alerta para o desperdício de comida

A ONU (Organização das Nações Unidas) comemorou o Dia Mundial do Meio Ambiente neste 5 de junho com um alerta: todos os anos, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são desperdiçados.
Segundo o Pnuma, Programa da ONU para o Meio Ambiente, um terço da comida produzida no mundo vai parar nas lixeiras dos consumidores, vendedores, agricultores e transportadores.
Esse desperdício vale US$ 1 trilhão e seria suficiente para alimentar 870 milhões de pessoas que passam fome. Em mensagem, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, destacou a importância de se buscar soluções para a enorme perda de alimentos.
Para Ban, o desperdício chega a ser “uma ofensa para os que têm fome e representa um custo enorme para o meio ambiente, em termos de energia, terra e água”.
O Pnuma ressalta que os alimentos descartados desperdiçam energia e combustível usado para o seu transporte. Além disso, a decomposição de comida elimina uma grande quantidade do gás metano.
Campanha – A ONU lançou uma campanha para aumentar a conscientização sobre o problema. Neste ano, a Mongólia foi o país escolhido como sede das comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente.
Do Rio de Janeiro, a coordenadora do Pnuma no Brasil, Denise Hamú, falou sobre o tema da iniciativa.
“Pensar, Comer e Conservar, que está sendo discutida no mundo todo, em que realmente a gente vê a questão de jogar alimentos que estão próprios para consumo no lixo. E as outras partes desse mesmo problema, como a produção em termos de desmatamento, onde tem que ampliar áreas para a produção de alimentos e consumo, compra, usar coisas de descarte.”
Denise Hamú participou do lançamento da Semana do Meio Ambiente, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. No evento, o cientista Luiz Pinguelli Rosa, afirmou ser possível erradicar a pobreza e preservar o meio ambiente, desde que haja uma mudança na atitude dos consumidores.
“É possível, sim, mudando o elevadíssimo padrão de consumo das camadas mais ricas de todas as sociedades, incluindo as sociedades dos países em desenvolvimento, como o Brasil. É inevitável aumentar a produção de alimentos para atender a demanda do mundo.”
Para isso, Pinguelli Rosa indica a promoção de um modelo de agricultura de baixo carbono, que permitiria reduzir a expansão da área agrícola, não só para a produção de alimentos, como também para produtos de exportação. (Fonte: Rádio ONU)

Fonte: Ambiente Brasil

Educação Ambiental

Na maioria das escolas a educação ambiental não é uma disciplina regular. Mas ensinar a importância de preservar a natureza é cada dia mais essencial. Os conceitos de proteção ao meio ambiente estão mais presentes nas salas de aula desde a década de noventa e agora o assunto domina a maioria dos temas tratados por professores de várias disciplinas.
Os números do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Aluísio Teixeira) mostram que em 2004 a proteção ambiental era citada como referência de conteúdo em mais de 94% das escolas brasileiras. 
Para ajudar as crianças a pensar de forma sustentável vale tudo. Os professores usam atividades artísticas, músicas, aulas fora da sala de aula. As crianças colocam a mão na massa e muitas vezes aprendem coisas que já parecem distantes da realidade nas cidades. O simples fato de manter uma horta na escola, por exemplo, pode ensinar os cuidados com a boa alimentação, como a poluição pode afetar a vida na terra, a necessidade de cuidar bem das plantas e o valor nutricional dos alimentos. Essa iniciativa foi tomada pelos educadores do colégio La Salle de Águas Claras, Distrito Federal. Lá, as crianças aprendem em uma fazendinha, que além da horta, tem animais de verdade. Os alunos podem saber mais sobre a produção sustentável de alimentos, descarte correto de materiais orgânicos, reflorestamento de áreas degradadas — estes são apenas alguns dos temas possíveis para os pequenos descobridores. 
A primeira secretaria especial de meio ambiente do Brasil foi criada na década de 70, mas foi na constituição de 1988 que os cidadãos ganharam o direito à educação ambiental. As diretrizes expressas na Política Nacional de Educação Ambiental (EA), definida pela Lei Federal nº 9795, de 27 de abril de 1999, trazem orientações quanto aos princípios, aos objetivos, às linhas de atuação e às estratégias de implementação da Educação Ambiental. É reconhecida como um instrumento pelo qual "o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à qualidade de vida e sua sustentabilidade”. 
Um dos principais objetivos é contribuir para a compreensão da complexidade do ambiente em suas dimensões ecológicas, econômicas, sociais, culturais, políticas, éticas e tecnológicas, de maneira a sensibilizar a coletividade quanto à importância de sua organização e participação na defesa de todas as formas de vida. Pretende-se, assim, incentivar a mobilização dos cidadãos a partir do reconhecimento das causas e das consequências dos impactos socioambientais que afligem o planeta, buscando satisfazer as necessidades fundamentais da humanidade ao mesmo tempo em que são respeitados os direitos das gerações futuras terem acesso a um ambiente saudável.
E precisa ser levada à sério na prática. Já mostramos aqui na Informativa inúmeros exemplos de escolas e universidades que estimulam a capacidade criativa dos alunos e ensinam Educação ambiental. Vamos lembrar, por exemplo, o projeto Ecociente, do colégio Claretiano, Colégio e Faculdade de São Paulo, a reportagem foi publicada em setembro do ano passado. A ideia do projeto foi estimular o trabalho em equipe, os grupos criavam ações de preservação, como a coleta seletiva de lixo e reciclagem dos materiais.
No mês de junho deste ano, o ministro da Educação, Aloízio Mercadante, homologou diretrizes curriculares nacionais para a educação ambiental e para a educação indígena. A assinatura dos documentos ocorreu na abertura oficial do Encontro de Juventude e Educação para a Sustentabilidade Socioambiental, uma das participações do MEC na Conferência Rio+20, encontro das nações unidas pelo clima. “Essas diretrizes orientarão as políticas pedagógicas da educação infantil à universidade, porque o que vale mesmo é quando as práticas chegam à sala de aula”, afirmou o ministro. As diretrizes foram aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), após diálogo com os sistemas de ensino, sociedade civil e diferentes instâncias governamentais.
No encontro, o ministro Mercadante e a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, lançaram, ainda, a 4ª Conferência Nacional Infanto juvenil pelo Meio Ambiente, que nesta edição tem como tema "Vamos Cuidar do Brasil com Escolas Sustentáveis". “É uma oportunidade para pensar ações locais, a partir da escola, com a visão global de desenvolvimento sustentável”, disse Mercadante, como informou a assessoria do Ministério.  
O MEC pretende, no período de pouco mais de um ano, envolver 13 mil escolas públicas da educação básica – inclusive as de áreas indígenas, quilombolas e de assentamentos rurais – e 4 milhões de estudantes do sexto ao nono ano do ensino fundamental para discutir e aprender sobre questões ambientais. As escolas definem as temáticas que querem trabalhar e elegem representantes que vão às conferências municipais, regionais e estaduais. Por fim, há uma conferência nacional, com a participação de 800 alunos, que apresentam o que foi debatido nas escolas.
Na visão da ministra Izabella Teixeira, o governo já está saindo de ações de caráter piloto e alcançando redes de alunos em todo o país com projetos socioambientais concretos. “Não temos déficit de diálogo; agora, é preciso ter ousadia para implementar as ações e colocar a política ambiental no dia a dia das escolas”, afirmou. 
Na rede de escolas associadas da ANEC, os projetos já estão sendo operados à todo vapor. Outro exemplo que mostramos, em 2010, aqui na revista Informativa, foi o projeto Biodiversidade, do Colégio Notre Dame de São Paulo. A iniciativa inovadora envolveu os alunos da escola e a comunidade. Os estudantes cadastraram pelo site do colégio a criação de seis grandes partidos políticos, todos em defesa do meio ambiente. Isso dividiu os alunos em grandes grupos que criaram estratégia de ação, logomarca, plataforma de propostas e soluções que poderiam ajudar a natureza. As melhores iniciativas foram eleitas e nesta brincadeira os alunos avançaram muito. Criaram uma rede de recolhimento de óleo usado na vizinhança; coleta de materiais recicláveis e pilhas, plantaram árvores frutíferas para atrair mais pássaros para a escola; e ainda produziram um aquecedor ativado com energia solar para aquecer água sem gastar energia. Cama uma destas atitudes ensina muito aos estudante, que acabam distribuindo este saber pela família e pela comunidade, a receita perfeita para transformar o mundo em um lugar melhor para viver. 

Olho:

- Olho 1: “Na rede de escolas associadas da ANEC, os projetos já estão sendo operados à todo vapor.”
- Olho 2: “Na maioria das escolas a educação ambiental não é uma disciplina regular. Mas ensinar a importância de preservar a natureza é cada dia mais essencial.”
- Olho 3: “O MEC pretende, no período de pouco mais de um ano, envolver 13 mil escolas públicas da educação básica – inclusive as de áreas indígenas, quilombolas e de assentamentos rurais – e 4 milhões de estudantes do sexto ao nono ano do ensino fundamental para discutir e aprender sobre questões ambientais.”

quarta-feira, 5 de junho de 2013

quinta-feira, 23 de maio de 2013

terça-feira, 21 de maio de 2013

Poluição em domicílio

A fumaça liberada por fogões à lenha se tornou uma ameaça à saúde de grande parte da população mundial, tanto que chamou a atenção da Organização das Nações Unidas. Não se trata de condenar o forno à lenha da pizzaria ou do hotel-fazenda especializado em culinária mineira, e sim de três bilhões de pessoas que ainda cozinham ou se aquecem do frio por meio da queima de madeira, carvão e mesmo de esterco de gado.

O monóxido de carbono liberado nesses lares – localizados sobretudo na África e na América do Sul – provoca dois milhões de mortes por ano causadas por doenças respiratórias, segundo dados da ONU. São mais óbitos do que os causados pela malária (800 mil anualmente). As maiores vítimas, pessoas que vivem em condições de extrema pobreza, são mulheres e crianças – como permanecem mais tempo em casa, ficam mais expostas aos elementos tóxicos liberados pela queima. Ainda cabe às mães o trabalho de recolher e carregar troncos e gravetos nas costas, um ritual diário e extenuante.

Não bastasse o mal causado diretamente às pessoas, os fogões à lenha são responsáveis pela maior parte do desmatamento no mundo. A República Democrática do Congo, por exemplo, além de ter suas florestas diariamente devastadas, sofre com a luta de grupos armados pelo mercado ilegal de carvão vegetal. Outra nação africana, a Etiópia, tem apenas 4% de sua vegetação nativa por conta do desflorestamento causado pela dependência de lenha para cozinhar. Especialistas apontam que o Haiti, além dos graves problemas sociais, tem a biodiversidade mais ameaçada do mundo, já que suas matas literalmente viraram combustível.

“Fornos ineficientes são responsáveis por aproximadamente 25% das emissões de carbono do mundo”, disse Achim Steiner, diretor-executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). No Peru, por exemplo, dez milhões de habitantes vivem em casas pequenas e mal arejadas, nas quais a poluição interna é 30 vezes maior do que o limite aceito pela Organização Mundial de Saúde (leia mais dados no quadro).

Preocupada com o problema, a ONU pretende distribuir para populações extremamente carentes 100 milhões de fogões à gás até 2020. Além de consumir pouco combustível e poluir menos, os eletrodomésticos vão reduzir o tempo gasto pelas mulheres em atividades do lar, proporcionando a possibilidade de acesso à educação e a trabalhos fora de casa. Uma solução simples que resolve vários problemas de uma vez.















Fonte: Isto é

Leia mais: Poluição por fogão a lenha

sexta-feira, 12 de abril de 2013

A busca da sustentabilidade

Ampliar a temática ambiental na educação formal, sensibilizar gestores responsáveis por políticas públicas produtoras de grande impacto ambiental e ampliar alianças e parcerias com a sociedade civil, foram alguns dos desafios da educação Ambiental levantados durante debate realizado na tarde desta quinta-feira (7), em Brasília. O encontro, promovido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), reuniu especialistas que refletiram sobre as políticas públicas de educação ambiental e mobilização social.
O diretor do Departamento de Educação Ambiental (DEA), da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC) do MMA, Nilo Diniz, ressaltou que o encontro serviu para refletir sobre como é possível fortalecer o processo educativo, para que ele se torne cada vez mais eficiente no país.
Pesquisa - A professora da Universidade de Brasília (UnB), Leila Chalub, falou sobre as perspectivas e os desafios do tema no âmbito das universidades. “Não há como trabalhar a educação ambiental, se não for por meio da possibilidade da pesquisa”, afirmou, reforçando a importância da integração de saberes e da abordagem interdisciplinar neste processo educativo.
A ação do estado foi o foco da palestra de José Quintas, ex-coordenador-geral de Educação Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Enfatizou que não adianta difundir conhecimento de modo meramente instrumental. “É necessário disseminar concepções e práticas de educação ambiental comprometidas com o desenvolvimento da nossa problemática socioambiental e com o protagonismo transformador da sociedade”, enfatizou.
Para Marcos Sorrentino, assessor especial do Ministro da Educação e livre docente da Universidade de São Paulo (USP), é preciso fortalecer a educação ambiental como instrumento transformador do modelo social atual. “Precisamos apresentar caminhos que materializem a mudança que a educação é capaz de realizar”, destacou. Reforçou, ainda, a necessidade de se desenvolver a Educação Ambiental de forma permanente e articulada.
Ferramenta - A professora Vera Catalão, da UNB, também chamou a atenção para o poder da Educação Ambiental como ferramenta crítica, transformadora e reflexiva. Ela salientou que devem existir autores e coautores envolvidos com o tema ambiental. “Para que as ações sejam realizadas em parceria e de forma compartilhada. A Educação Ambiental demanda a união de saberes”, finalizou.
O painel reuniu, além dos especialistas, servidores do MMA e das unidades vinculadas, estudantes e acadêmicos envolvidos com o tema, que também contribuíram para a discussão. Nilo Diniz esclareceu, ainda, que o grande desafio será consolidar tudo que foi debatido em dois importantes eventos que acontecerão neste ano – a 4ª Conferência Nacional de Meio Ambiente e Conferência Infanto- Juvenil pelo Meio Ambiente. “Será uma oportunidade de levar o tema a todos os brasileiros e debater com a sociedade a importância da Educação Ambiental”, afirmou. (Fonte: MMA)

Fonte: Ambiente Brasil

Refrigerantes e outras bebidas causam 180 mil mortes precoces anuais

Pesquisadores do departamento de saúde da Universidade de Harvard lançaram um estudo que aponta a relação entre bebidas açucaradas e a incidência de mortes precoces. Os especialistas consideraram a situação em 114 países e concluíram que 180 mil mortes são causadas anualmente em decorrência deste açúcar.
As bebidas que detêm este perfil e estão entre as mais consumidas no mundo são os refrigerantes, isotônicos, energéticos, entre outras. De acordo com o estudo, o excesso de açúcar ocasiona obesidade, doenças no coração, diabetes e alguns tipos de câncer, que por sua vez estão relacionados ao grande número de mortes precoces.
Os pesquisadores trabalharam este tema durante cinco anos, sob a liderança do pós-doutor Gitanjali M. Singh, e concluíram que das 180 mil mortes causadas pelas bebidas açucaradas 133 mil delas são relacionadas à diabetes, 44 mil por doenças cardiovasculares e seis mil em consequência de câncer.
Nos EUA os debates sobre as grandes embalagens de refrigerante já geraram muita polêmica e renderam proibições e novas legislações. Mesmo assim, a nação soma 25 mil mortes precoces com o perfil analisado pelos especialistas. O México é outra nação com destaque negativo. Os pesquisadores dizem que o consumo médio no país latino-americano e de 700 ml de bebidas deste tipo por dia, considerada a maior taxa entre os locais estudados.
O codiretor do programa de epidemiologia vascular de Harvar, Dariush Mozaffarian, explicou que três quartos destas mortes precoces estão concentradas em países de baixa e média renda. “Este não é apenas um problema dos países ricos”, informou o especialista em declaração à CNN.
“Nosso estudo mostra que dezenas de milhares de mortes no mundo são causadas pela ingestão de bebidas açucaradas e isso deve impulsionar as autoridades políticos a adotarem medidas fortes para reduzir o consumo de bebidas açucaradas”, finaliza Singh.
* Com informações do Inhabitat.
** Publicado originalmente no site CicloVivo.

Fonte: Envolverde

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Mudanças Climáticas

As projeções do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC – sigla em inglês) da ONU sobre o aquecimento do planeta foram fundamentais para alertar a sociedade e os governos para a questão.
Segundo os estudos realizados pelo grupo, que reúne cientistas do mundo todo, nos próximos 100 anos poderá haver um aumento da temperatura média global entre 1,8ºC e 4,0ºC. Além disso, o nível médio do mar deve subir entre 0,18 m e 0,59 m, o que pode afetar significativamente a atividade humana e os ecossistemas terrestres.
Para se ter uma ideia de como o processo de aquecimento da Terra está acelerado, basta saber que o planeta demorou 10 mil anos para que a temperatura aumentasse 5ºC. Agora pode levar apenas 200 anos para aumentar mais 5°C.
Com o objetivo de projetar as consequências desse fenômeno para o Brasil, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), traçou dois cenários: um pessimista, que estima aumento da temperatura no País entre 4ºC e 6°C, e outro otimista, com alta entre 1ºC e 3°C.
As duas projeções apontam para diminuição do volume de chuvas na região Norte, aumento da temperatura no Centro Oeste, seca no Nordeste, aumento de extremos de seca, chuva e temperatura no Sudeste e aumento do volume de chuvas no Sul, mas com alta evaporação por causa do calor, o que afeta o balanço hídrico.
“Essas alterações climáticas causam aumento do número de eventos extremos, ou seja, passam a ocorrer mais vezes chuvas fortes, por exemplo, que provocam enchentes e deslizamentos”, afirma o geólogo Eduardo Macedo.
“O Brasil tem uma legislação que lida com essa questão, além dos projetos de preservação ambiental”, ressalta a diretora de Mudanças Climáticas do Ministério de Meio Ambiente, Karen Suassuna, referindo-se à Política Nacional sobre Mudança do Clima, que estabelece metas como a redução da emissão de gases de efeito estufa entre 36% e 39% até 2020, tendo como base as emissões previstas para aquele ano.

Multidisciplinar

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT)  possui hoje 13 subprojetos voltados para o estudo das mudanças climáticas, com o objetivo de produzir conhecimento sobre o assunto de uma forma que seja acessível aos tomadores de decisão.
Para Paulo Nobre, pesquisador do INCT, as mudanças climáticas afetam a economia, as energias renováveis, o meio ambiente, a saúde. Por isso, o desafio é tratar o tema de forma multidisciplinar, quantificar os efeitos e incorporar as políticas públicas.
O geólogo Macedo acredita que é cedo para relacionar os atuais eventos climáticos com o aquecimento global. E alerta: “Diminuir a emissão dos gases não vai fazer o fenômeno parar. Vai demorar mais 100 anos para o planeta voltar ao que era antes. Nós temos que nos adaptar à nova realidade”.

Fontes:

sexta-feira, 22 de março de 2013

Dia Mundial da Água - 22 de Março

Ter atitude é...
usar a água com responsabilidade.
 
Entre os recursos naturais, a água é um dos elemento mais importantes para a subsistência das espécies, que dependem dela para satisfazer suas necessidades. Quase todos os aspectos da vida do homem giram em torno da água, razão pela qual os povos desenvolveram-se nas proximidades de fontes de água.
 
As fontes naturais de abastecimento de água são:
• água da chuva
•águas superficiais (rios, arroios, lagos)
•águas subterrâneas (aquíferos, mananciais)
 
A água cobre 75% da superfície da Terra. A água salgada está presente nos mares e oceanos e representa 97% de toda a água existente no planeta. A doce, portanto, chega a 3%, sendo que 2% está presente nas geleiras e 1% nos rios, lagos e águas subterrâneas. Daí a importância da preservação dos mananciais.
A água não é um recurso renovável. Em termos gerais, os usos da água abarcam as atividades humanas em seu conjunto. Neste sentido, a água pode servir para consumo ou como insumo em algum processo produtivo.
A sua disponibilidade é cada vez menor porque, por um lado, deve ser compartilhada por atividades distintas e, por outro, porque não é utilizada racionalmente.
Finalmente, a água para consumo humano, que é captada de fontes superficiais e subterrâneas, é cada vez mais procurada pelas populações, mas a cada dia está mais escassa.
 
Dicas
 
• Evitegastos desnecessários de água, com banhos demorados, torneiras abertas ou pingando, além de descargas e vasos sanitários vazando.
•Em qualquer tipo de limpeza que necessite usar mangueira, evite que a água fique correndo o tempo todo.
•Os carros podem ser lavados a seco. Existem diversas opções de lavagem sem água, algumas até mais baratas do que a lavagem tradicional, que desperdiça centenas de litros de água a cada lavagem.
•Tome banho de chuveiro e, de preferência, rápido. Oito minutos é um tempo excelente. Mesmo assim, mantenha o chuveiro desligado enquanto se ensaboa.
•Não permita que as crianças brinquem com água. Banho de mangueira, guerrinha de balões de água e toda sorte de brincadeiras com água são, sem dúvida, divertidas, mas passam a equivocada ideia de que a água é um recurso infinito, justamente para aqueles que mais precisam de orientação: as crianças. Ensine as pessoas o valor desse bem tão precioso.
•Regue as plantas à noite ou de manhãzinha. Assim, você impede que a água se perca com o calor do dia, na evaporação, e também evita choques térmicos que podem agredir suas plantas.
•Evite o desperdício de água em casa, no trabalho ou em qualquer outro lugar, utilize somente o necessário.
•Feche bem as torneiras.
•Os reservatórios, como as cisternas, tanques e caixas d’água, devem permanecer limpos e tampados.
•Rios e praias não são depósitos de lixo e devem ser preservados.
 
Pequenas atitudes sustentáveis fazem a diferença para um mundo melhor.
 
Fonte: Corsan

sexta-feira, 15 de março de 2013

RS faz colheita de arroz especial

Representantes do governo federal participam, nesta sexta-feira (15), no assentamento Filhos de Sepé, no município gaúcho de Viamão (a 32 km de Porto Alegre), da abertura da 10ª Colheita de Arroz Agroecológico no Rio Grande do Sul. Produzido de forma ambientalmente correta e sem o uso de agrotóxicos, o grão mobilizou, nesta safra, 439 famílias que vivem em 24 assentamentos da reforma agrária nas regiões de Canoas e Porto Alegre, o que irá resultar em 14,5 mil toneladas de arroz orgânico. Além de gerar emprego e renda para famílias de 15 municípios, a atividade garante um produto que faz bem à saúde humana, seguindo os preceitos da preservação ambiental.
Segundo o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Guilherme Cabral, que participará do evento, a iniciativa demonstra que é possível produzir de maneira sustentável, com agregação de valor ao produto, em assentamentos da reforma agrária. “São famílias engajadas com a preservação do meio ambiente que muitas vezes atuam como protetores de áreas ricas em biodiversidade”, destaca Cabral. Ele ressalta, ainda, que a atividade vai ao encontro do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, em discussão pelo governo. “A partir dessa experiência gaúcha podemos replicar a experiência em outros estados”, acrescenta.
Característica - Inserido na Área de Proteção Ambiental Banhado Grande, o assentamento Filhos de Sepé produz arroz orgânico há mais de 10 anos. Conhecido como o maior Assentamento Ambientalmente Diferenciado do Rio Grande do Sul, ocupa área de 9,4 mil hectares. Essa característica ambiental faz com que o assentamento seja referência em produção agroecológica, forte também nas atividades de frutas e hortaliças.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) apoiam diretamente a iniciativa, que também conta com o apoio do Ministério do Meio Ambiente. (Fonte: MMA)

Fonte: Ambiente Brasil

quinta-feira, 7 de março de 2013

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Materiais escolares usados agora têm descarte correto

Todo início de ano, estudantes do país inteiro voltam às aulas com materiais escolares novos. São milhares de lápis, canetas, borrachas e lapiseiras substituindo aqueles que não têm mais como serem usados e anualmente são jogados no lixo, indo parar em aterros e lixões. Pioneira em ações de sustentabilidade e preocupada com a destinação correta dos resíduos de instrumentos de escrita, a Faber-Castell, em parceria com a Terracycle, está lançando a promoção “Faxina nos Armários”.
Participar é fácil: basta algum responsável pela escola cadastrá-la na Brigada de Instrumentos de Escrita Faber-Castell no site da TerraCycle (http://www.terracycle.com.br/pt-BR/brigades/brigada-de-instrumentos-de-escrita-faber-castell.html). Os alunos e professores devem juntar os materiais de escrita e levá-los para as suas escolas no início do ano letivo. Podem ser enviados todos os instrumentos de escrita como lápis, lápis de cor, lapiseiras, canetas, canetinhas, borrachas, apontadores, destaca texto, marcadores permanentes e marcadores para quadro branco que não funcionam mais ou estejam quebrados. A escola que arrecadar mais resíduos ganha produtos upcycled e um prêmio oferecido pela Faber-Castell. O resultado final será divulgado em 15 de abril de 2013.
Além de colaborar com a redução de lixo através da reciclagem, o participante do programa “Faxina nos Armários”, ou dos times de coleta de Instrumentos de Escrita Faber-Castell junta pontos, que são revertidos em uma doação em dinheiro para as próprias escolas ou entidades sem fins lucrativas escolhidas pelos times.
As Brigadas – Qualquer pessoa pode montar um time de coleta de instrumentos de escrita para serem reciclados. Basta se cadastrar gratuitamente no site TerraCycle, juntar os resíduos de qualquer marca e enviar sem custo pelo correio. Quem se cadastra pode formar um time de coleta com outras pessoas em casa, na empresa, na escola ou com um grupo de amigos. Para cada 12g de produtos enviados, são doados R$0,02 para uma escola ou organização sem fins lucrativos, escolhida pelo próprio time de coleta.
Além de ser um programa gratuito de reciclagem as brigadas são uma excelente oportunidade para arrecadar fundos para as escolas, incentivar a coleta de resíduos é uma ótima oportunidade de inserir a educação ambiental na sala de aula. No site www.terracycle.com.br e nas redes sociais, os professores podem encontrar o passo-a-passo de objetos feitos a partir daquilo que viraria lixo. (Fonte: Ascom)

Fonte: Ambiente Brasil

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Educação ambiental em debate

Quais são os atuais desafios da educação ambiental no cenário nacional? Para responder essa questão, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) reúne especialistas em um painel de debates que vai discutir os temas que envolvem as políticas públicas de educação ambiental e mobilização social. O encontro acontece nesta quinta-feira (7), a partir das 14h30, no auditório do MMA da unidade 505 Norte.
O painel contará com palestras dos educadores José Quintas, ex-coordenador geral de Educação Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); Marcos Sorrentino, assessor especial do Ministro da Educação e livre docente da Universidade de São Paulo (USP); Leila Chalub e Vera Catalão, professoras da Universidade de Brasília (UnB). O encontro também terá com o debatedor o coordenador-geral de Educação Ambiental do Ministério da Educação (MEC), José Vicente Freitas, além de representantes do Ibama, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e da Agência Nacional de Águas (ANA), que integram a Comissão Intersetorial de Educação Ambiental do MMA.
Ação conjunta – O encontro é organizado pelo Departamento de Educação Ambiental (DEA), da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC), do MMA. O diretor do departamento, Nilo Diniz, destaca que o encontro servirá para pautar e fortalecer a ação conjunta em prol da Educação Ambiental.
“Este painel de debates encerra um mês de autoformação da equipe do DEA, com o objetivo de fortalecer conceitualmente as ações conjuntas de toda a área ambiental, no que concerne à formação de educadores ambientais. Neste momento de grandes desafios sociais e econômicos, é preciso que a agenda da sustentabilidade socioambiental, por meio de processos educativos, de comunicação e mobilização social, preste a sua colaboração”, enfatiza Diniz.
O DEA está elaborando ações de educação ambiental, projetos e programas para este ano, com base na política e no programa Nacional de Educação Ambiental. As ações destinam-se a garantir, no âmbito educativo e a nível nacional, a integração da sustentabilidade ambiental, social, ética, cultural, econômica, e política ao desenvolvimento do país. Servidores do ministério, assim como do IBAMA, ICMBio, Serviço Florestal Brasileiro e Jardim Botânico do Rio também participarão do painel de debates. (Fonte: MMA)

Fonte: Ambiente Brasil

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Metade da comida do mundo vai parar no lixo, diz relatório

Um relatório de uma organização britânica indica que até metade de toda a comida produzida a cada ano no mundo, ou cerca de dois bilhões de toneladas, vão parar no lixo.
O documento, intitulado Global Food; Waste not, Want not (“Alimentos Globais; Não Desperdice, Não Queira”, em tradução livre), diz que o desperdício está ocorrendo devido a uma série de motivos, entre eles as condições inadequadas de armazenamento e a adoção de prazos de validade demasiadamente rigorosos.
Outro problema é a preferência dos consumidores por alimentos com um formato ou cor específicos. O estudo diz que até 30% das frutas, verduras e legumes plantados na Grã-Bretanha sequer são colhidos por causa de sua aparência.
O desperdício de alimentos também implica em desperdício de recursos usados para a produção deles, como água, áreas para agricultura e energia, alertou o relatório publicado pela Institution of Mechanical Engineers, uma organização que representa engenheiros mecânicos e reúne cem mil membros no Reino Unido.
Ofertas nos supermercados – A ONU prevê que até 2075 a população mundial chegue a 9,5 bilhões de pessoas, um acréscimo de 3 bilhões em relação à população atual, o que reforça a necessidade de se adotar uma estratégia para combater o desperdício de alimentos e, assim, tentar evitar o aumento da fome no mundo.
De acordo com o relatório, o equivalente a entre 30% e 50% dos alimentos produzidos no mundo por ano, ou seja, entre 1,2 bilhão e 2 bilhões de toneladas, nunca são ingeridos. Além disso, nos Estados Unidos e na Europa, metade da comida que é comprada acaba sendo jogada fora.
Tim Fox, diretor de Energia e Meio Ambiente da Institution of Mechanical Engineers, disse que o desperdício é “assombroso”. ‘Isto é comida que poderia ser usada para alimentar a crescente população mundial além de aqueles que atualmente passam fome.’
“As razões desta situação variam das técnicas insatisfatórias de engenharia e agricultura à infraestrutura inadequada de transporte e armazenamento, passando pela exigência feita pelos supermercados de que os produtos sejam visualmente perfeitos e pelas promoções de ‘compre um, leve outro grátis’, que incentivam os consumidores a levar para casa mais do que precisam”, disse.
Água – O relatório alertou que atualmente 550 bilhões de metros cúbicos de água estão sendo desperdiçados na produção de alimentos que vão para o lixo.
E o problema pode se agravar. Segundo a Institution of Mechanical Engineers, o consumo de água no mundo chegará a até 13 trilhões de metros cúbicos por ano em 2050 devido ao crescimento da demanda para produção de alimentos.
Isso representa até 3,5 vezes o total de água consumido atualmente pela humanidade e gera o temor de mais escassez do recurso no futuro. O alto consumo de carne tem grande influência nesse aumento de demanda, visto que a produção de carne exige mais água do que a produção de alimentos vegetais.
“À medida que água, terra e energia passam a ser mais disputados devido à demanda da humanidade, os engenheiros tem um papel crucial a desempenhar no sentido de prevenir a perda e o desperdício de alimentos, desenvolvendo formas mais eficientes de produção, transporte e armazenamento”, disse Fox. (Fonte: G1)

Fonte: Ambiente Brasil